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    União Africana faz novo ultimato a militares sudaneses

    União Africana dá aos militares sudaneses o prazo de 60 dias para entregarem o poder a uma autoridade de transição liderada por civis. Entretanto, manifestantes em Cartum ameaçam iniciar uma greve geral.

    Os militares sudaneses, segundo explica a DW África, têm 60 dias para entregar o poder a uma autoridade de transição civil. Foi este ultimato que a União Africana (UA) fez na noite desta terça-feira (30.04), numa nova tentativa de encerrar o período turbulento que se vive no Sudão desde a queda do Presidente Omar al-Bashir.

    Em comunicado, a UA observou “com profundo pesar” o facto de os militares não terem respeitado o prazo de 15 dias estabelecido pela organização no mês passado para a entrega do poder a uma autoridade civil.

    O novo prazo de 60 dias é uma extensão final para o Conselho Militar de Transição do Sudão atender àquela exigência, afirmou a UA.

    Ameaça de greve

    Entretanto, na capital Cartum, manifestantes ameaçaram na terça-feira iniciar uma greve geral enquanto os militares estiverem no poder. A Associação de Profissionais do Sudão (SPA, na sigla em inglês) e seus aliados, que organizaram os quatro meses de manifestações que tiraram al-Bashir do cargo a 11 de abril, acusam os generais de quererem permanecer poder.

    Os dois lados têm negociado a formação de um novo Governo de transição, mas estão divididos sobre o papel dos militares, que é dominado pelos nomeados por al-Bashir.

    Os manifestantes propuseram um conselho soberano militar-civil conjunto, composto por oito civis e sete militares. Enquanto o conselho militar propôs um conselho de 10 membros com três assentos para civis.

    Os organizadores dos protestos convocaram comícios em massa para esta quinta-feira, enquanto os militares advertiram contra qualquer “caos”. E exigiram que os manifestantes suspendessem os protestos diante da sede militar em Cartum.

    Os protestos à porta do Ministério da Defesa começaram no dia 6 de abril, exigindo o apoio dos militares para a saída do então Presidente Omar al-Bashir. Cinco dias depois, os generais forçaram a saída de al-Bashir, que desde então encontra-se detido.

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