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    Uma “geringonça” em Angola?

    Luís Vales, um social-democrata convidado pelo MPLA como observador das eleições, entende que uma solução semelhante àquela que existe em Portugal teria consequências “muito graves” para os angolanos.

    Em Angola, durante a campanha eleitoral, Abel Chivukuvuku, líder da coligação CASA-CE, admitiu um acordo entre os partidos da oposição – como se de uma “geringonça à angolana” se tratasse -, mas não colocou de lado uma eventual aliança com “um MPLA diferente” daquele que liderou o país nos últimos anos.

    Ouvido pela repórter Cristina Lai Men, da TSF, o secretário-geral adjunto do PSD, Luís Vales, defende que os angolanos não perceberiam um acordo semelhante ao que aconteceu em Portugal. Para o deputado do PSD, uma ‘geringonça’ angolana só iria trazer instabilidade ao país.

    “Ia ser muito complicado para a população em geral perceber o que teria acontecido. Poderia trazer graves consequências e até muita instabilidade a Angola”, diz, acrescentando: “Espero que não [se venha a concretizar], até pela estabilidade que se quer que o país tenha no panorama nacional e internacional”.

    Luís Vales é um dos deputados portugueses convidados pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), como observador das eleições.

    Observadores de PCP e CDS-PP salientam a organização do processo eleitoral

    António Filipe, do PCP, integra também o mesmo grupo e, pelo que viu, acredita que as eleições não podiam ser mais justas e transparentes.

    “Em todas as mesas de voto verificámos que há delegados dos vários partidos a fiscalizar o ato eleitoral. Encontrámos uma fiscalização pluripartidária das operações eleitorais”, afirma, salientando que o cenário é de “transparência, justeza e genuinidade” do processo eleitoral.

    Pelo CDS-PP, o deputado Pedro Mota Soares elogia a organização do processo: “Está bem organizado e, do que pude observar, está a decorrer sem questões. Sem quaisquer incidentes. E isso é positivo”, diz o observador convidado pelo MPLA.

    Às eleições gerais angolanas concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), o Partido de Renovação Social (PRS), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a Aliança Patriótica Nacional (APN) (TSF)

    por Cristina Lai Men e João Alexandre

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