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    Tecnologias apoiam a leitura e investigação

    Ao longo dos 37 anos de independência, Angola tem dado inúmeros passos significativos. No interior do país verificamos o constante avanço das tecnologias de educação, informação e comunicação, o que tem permitido o avanço do ensino e da investigação. A rede de mediatecas nas províncias fica concluída entre Dezembro e Fevereiro de 2013.
    O porta-voz da Rede de Mediatecas de Angola (REMA), Edno Pinto, disse à reportagem do Jornal de Angola que, a criação destes espaços tem como objectivo a inclusão social e digital dos cidadãos e permitir a interacção entre comunidades e diferentes países.
    O primeiro curso de biblioteconomia começou em Janeiro e decorreu nas províncias de Luanda, Benguela, Huambo, Lubango, Zaire e Lunda-Sul. Participaram 289 jovens, dos quais 175 concluíram a formação com êxito.
    “Este projecto teve o apoio de Cuba, Brasil, Portugal, Espanha e China”, disse Edno Pinto.
    A mediateca central da Rede de Mediatecas de Angola, no Largo das Escolas, em Luanda, foi inaugurada em Agosto deste ano. As mediatecas não substituem as bibliotecas, são um suporte complementar para o aumento do conhecimento científico dos estudantes e da população.
    O porta-voz da Rede de Mediatecas de Angola sublinhou que são ferramentas válidas para o desenvolvimento territorial, facilitando o acesso à informação, a aprendizagem permanente e a qualificação dos utilizadores.
    “As mediatecas apoiam a pesquisa e são um ponto de encontro que vai facilitar o intercâmbio e a compartilha de conhecimentos. Vão, também, favorecer e fomentar a criação artística e cultural digital, devendo dinâmicas, com pendor para a criatividade, interacção e gestão do conhecimento e inovação social”, disse Edno Pinto.

    Primeiras inaugurações

    A Rede de Mediatecas de Angola, numa primeira fase tem seis unidades. Estão já em funcionamento as mediatecas Benguela, Lubango e Luanda. Está prevista a abertura das unidades do Soyo e Huambo até final do ano e Saurimo abre em Fevereiro.
    Edno Pinto referiu que o valor do investimento total na primeira fase está na ordem dos 4,8 mil milhões de kwanzas e inclui também as verbas relacionadas com as infra-estruturas, logísticas e técnicas. O projecto prevê a construção de 25 mediatecas em todo o país.
    Os valores de investimento referem-se à construção das mediatecas, às estruturas de apoio, acessibilidades, mobiliário, infra-estruturas organizacionais, tecnológicas, energéticas, de segurança e de comunicações. Inclui também todo o material que equipa a rede no que refere ao acervo, às publicações, livros, CD e DVD, filmes, materiais pedagógicos e científicos.

    Lazer com inovação

    As mediatecas são espaços de inovação e promovem a geração de novas propostas ou soluções para a sociedade. A Rede de Mediatecas de Angola é um espaço de aprendizagem permanente, de apoio à pesquisa, de produção de conteúdos. Estes espaços são pontos de encontro de pessoas, espaços de demonstração das tecnologias de informação e de criação artística e cultural.
    São ainda depositárias de conhecimentos locais que geram informações e conhecimentos: “são dispositivos muito valiosos para melhorar o desenvolvimento local, através do estímulo à criatividade”, disse Edno Pinto. “Estou muito satisfeito com esta mediateca. Estamos sempre a aprender, pertencemos ao Instituto Politécnico do Nova Vida e vimos cá três vezes por semana pesquisar”  disse o estudante do ensino médio, Brunild Mandinga.
    As mediatecas englobam equipamentos onde são recolhidos, tratados e disponibilizados vários tipos de documentos e suportes de informação que constituem recursos pedagógicos para actividades quotidianas de ensino e a ocupação de tempos livres e de lazer.

    Cultura e pesquisa

    As mediatecas contribuem para a inovação social e empresarial, através da exploração de sinergias com outros planos e estratégias nacionais ou locais. Podem ter focos ou metas específicas, como o empreendedorismo, a educação, a cultura, a pesquisa. É um mundo de serviços que as mediatecas proporcionam.
    A rede de mediatecas pretende ser um espaço de conhecimento, porque facilita o acesso à informação e à criação de conhecimento. Mas as mediatecas também são espaços de inovação social, porque promovem e oferecem actividades e espaços orientados para a criação de novas propostas ou soluções que melhoram a sociedade angolana. As mediatecas concorrem ainda para apoiar o sistema educativo como ferramenta para a melhoria da qualidade e fortalecimento da educação na perspectiva de aprendizagem ao longo da vida.
    “Estou feliz por estar aqui a aprender a descodificar as palavras, a jogar, a ler e a ver filmes infantis” disse Vilma Marcos de oito anos.
    A Rede de Mediatecas de Angola presta formação académica à distância à população leitora, numa primeira fase, apenas em Luanda.
    Pretende com este serviço fortalecer o sistema educativo nacional, aumentar as possibilidades de acesso a processos e conteúdos educacionais e de formação.
    Apoia o sistema educacional no seu trabalho docente, através de recursos baseados nas tecnologias da informação e da comunicação. Estes serviços enquadrados nos bjectivos estratégicos visam, também, conseguir o acesso e participação total dos angolanos na sociedade da informação e do conhecimento.
    Num futuro próximo as mediatecas vão promover as competências digitais da cidadania, das empresas, da sociedade civil e a capitalização das políticas governamentais em matéria de sociedade da informação. “Outro objectivo estratégico é contribuir para o desenvolvimento económico e social apoiando o empreendimento e a melhoria da competitividade empresarial, especificamente das micro, pequenas e médias empresas”, disse Edno Pinto.
    Este aspecto vai propiciar a Angola uma maior visibilidade e projecção internacional, que permitem atrair talentos e recursos internacionais capazes de contribuir para o desenvolvimento socioeconómico do país.

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