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    Taça de Portugal: FC Porto conquista “dobradinha”

    Dragões juntam a Taça ao campeonato, feito que não conseguiam desde 2010/2011. Autor dos dois golos do campeão nacional, defesa-central congolês Mbemba foi o “herói improvável”.

    Terminou a época (atípica) 2019/20 e as cores dominantes foram o azul e branco e o lema mais ouvido foi: a pronúncia do norte. A época até arrancou com uma cilindrada do Benfica sobre o Sporting Clube de Portugal, na Supertaça Cândido Oliveira, por 5-0, mas os maiores festejos ficaram reservados para a cidade Invicta.

    FC Porto venceu o campeonato e a Taça de Portugal, a 8ª “dobradinha” na história dos dragões, que não acontecia desde 2010/2011. Soma o 17º título da prova, o 78º troféu na história do clube.

    Benfica 1-2 FC Porto

    A pandemia do novo coronavírus até a mítica festa da Taça afectou. Não houve campismo, grelhados, sardinhada e “banhos” de multidões. Nem Estádio do Jamor. A final jogou-se em Coimbra – à porta fechada – e ficou a entregue a 80ª Taça de Portugal. Primeira parte quase anónima dos dois rivais directos na luta pelo domínio do futebol português. Registou-se apenas um remate à baliza nos primeiros 45 minutos e foi da autoria do FC Porto.

    O maior destaque foi para a arbitragem, talvez a equipa mais interventiva no primeiro tempo. Aos 38 minutos, Luis Diaz, avançado colombiano dos “dragões”, recebeu ordem de expulsão de Artur Soares Dias, por acumulação de cartões amarelos. O banco técnico do FC Porto reclamou e prolongou a insatisfação. Sérgio Conceição, técnico dos “dragões”, foi admoestado com um cartão amarelo aos 40 minutos. Três minutos depois, Artur Soares Dias deu ordem de expulsão ao treinador campeão nacional. O FC Porto foi para o balneário sem o arquitecto de uma obra que muitas vezes abanou, mas que nunca cedeu esta temporada.

    “Herói improvável”

    Na 2ª parte, 12 minutos para a história do FC Porto e, especialmente, para a vida de Chancel Mbemba. O defesa-central congolês de 25 anos não tinha sido prioridade nas escolhas de Sérgio Conceição até ao regresso da Liga pós-coronavírus. Viu Ivan Marcano render-se a uma lesão nos ligamentos e agarrou a oportunidade de jogar ao lado de um campeão europeu português, “Dom” Pepe.

    Aos dois minutos da 2ª parte, livre batido por Alex Telles do lado esquerdo do ataque do FC Porto, Vlachodimos, guarda-redes do Benfica, socou a bola de forma deficiente, depois de um choque com Ruben Dias e Mbemba, ao 2º poste, picou a bola de cabeça por cima dos defesas do Benfica. Aos 59 minutos, livre batido por Otávio da direita e Mbemba apareceu sozinho entre quatro defesas do Benfica e, à “matador”, cabeceou de baixo para cima e bateu Vlachodimos. 0-2 para o FC Porto e o Benfica ainda não tinha enquadrado um remate na baliza de Diogo Costa, momento que chegou apenas aos 62 minutos, num cabeceamento de Vinícius à figura do guarda-redes do FC Porto. Nélson Veríssimo, treinador do Benfica, fez subir a equipa no terreno, abdicando do 4-2-3-1 e colocou a equipa a jogar em 3-2-5, com Vinícius e Dyego Souza fixos na área, com o apoio nas alas de Jota e Nuno Tavares e, Rafa nas costas do ataque benfiquista.

    Reacção benfiquista acabou com bola no poste

    A maior pressão e presença do Benfica na área dos “dragões” deu frutos aos 84 minutos, quando Artur Soares Dias apontou para a marca da grande penalidade, devido à mão na bola de Diogo Leite. Bola para um lado e guarda-redes para outro. 1-2 e a final estava relançada.

    Antes do apito final, destaque ainda para o remate de Jota, na meia-lua, que beijou o poste de Diogo Costa, que nada podia fazer a não ser olhar e suspirar de alívio.

    Fim de ciclos?

    A temporada 2019/20 chegou ao fim e a próxima época está já à porta. Do lado do Benfica, já se sabe o futuro e o futuro passa por Jorge Jesus, treinador “resgatado” ao Flamengo e que volta ao comando das “águias”, onde esteve entre 2009 e 2015. Na hora de passar o testemunho, Nélson Veríssimo desejou a “maior sorte do mundo” a Jorge Jesus e questionado sobre o legado que a equipa técnica comandada por Bruno Lage deixou depois de um ano e meio de trabalho, Nélson Verissímo disse que deixa “a equipa que tem…”.

    Já do lado do FC Porto, Sérgio Conceição tem contrato com os dragões até 2021 e Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, já disse publicamente que, pelo dirigente, Sérgio Conceição ficava no FC Porto até que Pinto da Costa falecesse. A comunicação social italiana fala em “convite da Lázio” ao treinador do Porto, que foi jogador da equipa italiana no final dos anos 90, onde foi campeão nacional. Sair do FC Porto pela “porta grande” com uma “dobradinha” ou medir forças com o treinador que o lançou como jogador ao mais alto nível e amigo, Jorge Jesus?

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    FonteDW

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