Nações Unidas (EUA) – A Missão da ONU no Sudão do Sul (Minuss), indicou sexta-feira, ter recolhido as testemunhas sobre as mortes de civis, dos quais crianças, cometidas pelas forças rebeldes em Malkal (Estado petrolífero do Alto-Nilo, nordeste), noticiou à AFP.
Segundo um comunicado da ONU, uma patrulha da Minuss que visitou Malakal quinta-feira, encontrou-se com testemunhas que o disseram que “os membros das forças da oposição tinham visado e matado dez civis não armados no hospital de Malakar”. Essas mortes foram perpretadas em 19 de Fevereiro “com o pretexto de afiliação étnica”.
A violência que já causou milhares de mortos no Sudão do Sul, degenerou-se rapidamente em massacres com carácter comunitário, opondo as duas principais tribus do país, os Dinka do presidente Salva Kiir e os Nuer do seu vice-presidente Riek Machar.
O Sudão do Sul é desde 15 de Dezembro o teatro de combates entre o exército fiel ao presidente Kiir e a rebelião agrupada atràs de Riek Machar.
A Missão indicou também que o seu responsável “foi testemunha (quinta-feira), da execução sumária de duas crianças no exterior do perímetro da base” da ONU em Malakal, onde milhares de civis se refugiaram. Essas mortes foram perpretados “por jovens armados que se presumem ser aliados das forças da oposição”.
A Missão transmitiu sexta-feira, um relatório preliminar ao Conselho de Segurança sobre as violações dos Direitos Humanos cometidas pelos dois lados entre 15 de Dezembro e final de Janeiro. O relatório final é aguardado para o próximo mês de Abril. (portalangop.co.ao)