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    Somália: Forças do governo e etíopes acusadas de executar civis

    A Human Rughts Watch acusa as milícias pró-governamentais somalis de execuções e de abusos dos direitos humanos nas zonas anteriormente controladas pela al-Shabab.

    A organização humanitária afirma que os residentes das áreas “libertadas” estão agora na dúvida em qual das partes devem confiar.

    Num relatório publicado hoje e que o correspondente da VOA Gabe em Nairobi no Quénia, Gabe Joselow teve acesso, a Human Rights Watch afirma que desde que as tropas etíopes e outros grupos de milícias derrotaram os militantes da al-Shabab nas cidades de Baidoa e Beledweyne, as condições de segurança pioraram.

    De acordo com o relatório, as pessoas queixam-se que as forças de segurança estão a proceder a limpeza do que ainda resta da al-Shabab através de execuções ou detenção de indivíduos que se pensa ser simpatizantes dos insurrectos.

    Ao mesmo tempo, o grupo com ligação a al-Qaida tem retaliado com ataques contra as tropas etíopes e milícias aliadas do governo.

    Laetitia Bader uma investigadora da Human Rights Watch diz que os civis são apanhados nesse fogo cruzado.

    “Muitas das pessoas com quem falamos, e particularmente em Beledweyne, disseram que até ao momento tinham medo porque receavam ataques de ambas partes. Até um certo ponto, elas afirmam que pelo menos durante o reinado da al-Shabab sabiam o que poderia acontecer e como reagir, mas de momento esses ataques podem vir de qualquer lado.”

    A Human Rights Watch indica que a Milícia do Vale de Shabelle – SVS – é responsável pela maioria de abusos dos direitos humanos em Beledweyne.

    Evocando um incidente registado em Janeiro passado, o relatório adianta que membros da SVS e forças etíopes prenderam várias pessoas logo a seguir a um ataque suicida da al-Shabab que destruiu um edifício ocupado pelas tropas etíopes.

    Testemunhas disseram à organização humanitária, que um dos detidos era um professor, que foi apanhado em sua casa e brutalmente espancado. Os restos mortais do mesmo foram recuperados num rio horas mais tarde após uma chamada das forças governamentais.

    Na semana passada em Baidoa a Human Rights Watch afirma que um milícia que se viu debaixo do fogo da al-Shabab num mercado, respondeu disparando contra um grupo de civis matando pelo menos seis pessoas.

    O controlo pelas milícias das áreas recentemente “liberadas” conta com o apoio do Governo Federal de Transição na sua oposição a al-Shabab.

    Um dos comandantes em Baidoa da do governo federal, Adan Ahmed Omar nega as acusações contra as milícias pro-governamentais.

    Ahmed Omar disse que a informação é falsa e não é credível. “Não matamos e nem torturamos pessoas” sublinhou. “Se alguém for preso, é levado para o tribunal… não, ninguém tem sido maltratado aqui.”

    Adan Ahmed Omar disse a Voz da América que a al-Shabab continua a lançar ataques em Baidoa e recentemente assassinou um antigo oficial de segurança do Governo Federal de Transição.

    Fonte: VOA

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