A situação da diversidade biológica em Angola foi hoje (sexta-feira), em Luanda, considerada razoável, a julgar pela existência de animais de grande, médio e pequeno porte em plena recuperação, apesar de outros como búfalo, hiena e leão, estarem em vias de extinção.
“Os estudos em tornos da biodiversidade em Angola ainda não estão acabados, continuamos a notar a recuperação de muitas espécies e o perigo de desaparecimento de outras”, avançou o chefe departamento da Biodiversidade do Ministério do Ambiente, Nascimento António.
Falando à Angop à margem do seminário dirigido aos efectivos das Forças Armadas Angolanas e civis, realizado no âmbito do 22 de Maio, Dia Mundial da Biodiversidade, Nascimento António referiu que elefantes, hipopótamos, crocodilos e girafas são as únicas espécies que não se encontram na lista vermelha.
Segundo a fonte, isso de acordo com o relatório da biodiversidade 2007/2012, em Angola existem menos de 100 búfalos, menos de 30 chimpanzés, oito famílias de gorilas, 50 e 100 hienas castanha e malhada, respectivamente, menos 100 leopardos, bem 50 leões rinocerontes branco e preto.
O bambi (veado), golungo, pacaça são as espécies mais procuradas pelos caçadores furtivos em Angola.
A desmatação, caça furtiva, derrame de petróleo, degradação dos mangais, espécies invasoras, elevada densidade populacional que sobrevive da agricultura e criação de gado são, segundo a fonte, as principais ameaças à biodiversidade em Angola.
“Em Angola, de acordo com os resultados do Censo de 2014, 50 porcento da população vive no meio rural e as actividades por elas praticadas, desde agricultura, caça e pesca, dependem directamente da biodiversidade”, lembrou o ambientalista.
Para ele, apesar de assistir-se uma certa consciencialização ambiental no seio da comunidade rural, trabalhos de sensibilização devem ser reforçados para a protecção e conservação da biodiversidade angolana.
Angola conta com 11 (onze) áreas de conservação, representando 12,58 por cento do território nacional. (portalangop.co.ao)