Face a “um novo fenómeno de terrorismo global” que ameaça todos, a primeira mensagem do novo secretário-geral das Nações Unidas pede que se faça da Paz “a nossa prioridade” neste novo ano.
Primeiro uma questão, depois a proposta. A primeira de António Guterres como novo secretário-geral das Nações Unidas, mandato que se inicia neste primeiro dia de 2017.
Como ajudar os milhões de seres humanos vítimas de conflitos e que sofrem enormemente em guerras que parecem não ter fim?”, é a questão com que Guterres inicia a sua primeira declaração como secretário-geral, sucedendo ao coreano Ban Ki-moon.
Guterres assume que “um novo fenómeno de terrorismo global ameaça-nos a todos” e lembra que o mundo está marcado pela “mais letal violência”: “Mulheres, crianças e homens são mortos ou feridos, vendo-se forçados a abandonar os seus lares, tudo perdendo. Até mesmo hospitais e comboios humanitários são atingidos sem contemplação.
Nestas guerras não há vencedores; todos perdem. Gastam-se biliões de dólares na destruição de sociedades e economias, alimentando ciclos de desconfiança e medo que podem perpetuar-se por gerações”, salienta António Guterres.
“Cessar-fogo” ou “entendimentos”
Na sua primeira comunicação como secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres desafia “cidadãos, governos, dirigentes” a procurarem “superar as suas diferenças”.
Seja por via de um cessar-fogo num campo de batalha ou mediante entendimentos conseguidos à mesa de negociações para obter soluções políticas”, salienta António Guterres.
Para o novo secretário-geral da ONU, “a dignidade e a esperança, o progresso e a prosperidade – enfim tudo o que valorizamos como família humana – depende da Paz”.
Mas, relembra Guterres, “a Paz depende de nós”. (Tvi24)