Luanda – A directora geral da Maternidade Augusto Ngangula, Rosa Bessa, encorajou hoje, em Luanda, os encarregados de educação a serem mais abertos com os jovens e adolescentes quando tiverem que abordar matérias inerentes à vida sexual e suas responsabilidades.
Em declarações à Angop a respeito da gravidez na adolescência, referiu que 20 porcento das mulheres que dão à luz naquela unidade hospitalar são adolescentes.
Segundo a responsável, constitui preocupação os casos de aborto que a Maternidade Augusto Ngangula registou no primeiro trimestre do presente ano, sendo que das oito adolescentes que morreram, cinco foram vitimas de abortos provocados.
De acordo com Rosa Bessa, em casa e na família deve haver diálogo, uma responsabilidade que não deve ser transferida.
A especialista classificou a fase da adolescência como um período difícil, devido às alterações de fórum físico, mental e social, marcado por desafios e problemas cuja forma de resolução pode repercutir na vida futura.
Apontando para dados passados quanto aos tipos de partos, frisou que de 2007 a 2009 mil e quinhentas e 39 adolescentes tiveram parto Eutócico, 691 cesarianas e um por ventosa.
Neste mesmo período, precisou, a Maternidade Augusto Ngangula, em relação ao atendimento às adolescentes, constituíram 20 porcento dos partos, 29 do planeamento familiar, 27 de consulta pré-natal, cinco cesarianas e 10 porcento da mortalidade materna.
Em ajuda à grávida adolescente, a fonte avançou que deve haver compreensão, diálogo, segurança, afecto e auxílio, para que a criança gerada se desenvolva saudavelmente, diminuindo os riscos do aborto e dificuldades de amamentação.
Referindo-se à prevenção, Rosa Bessa destacou a necessidade de introduzir-se nas escolas e igrejas programas de educação sexual, de forma clara e científica, isto a partir do primeiro ciclo de ensino.
O controlo dos programas e propagandas anárquicas sobre o sexo também foi apontado como saída para este mal, pela responsável.
Fonte: Angop