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    Relatório indica escassez de infra-estruturas básicas em Luanda

    (Foto: D.R.)
    (Foto: D.R.)

    Segundo o relatório, em determinados segmentos do País se vem assistindo a um aumento da oferta, assim como à existência de poucos terrenos com escritura colonial registada (de posse plena).

    Necessidade de implementação de infra-estruturas básicas no centro da cidade de Luanda é uma das características essenciais do sector imobiliário nacional, sendo um tema de difícil resolução, podendo a prazo limitar novos projectos imobiliários na zona.

    A conclusão vem expressa no mais recente Relatório do Mercado Imobiliário referente a 2014, publicado recentemente pela Abacus, empresa ligada à consultoria imobiliária, em parceria com a Jones LaSalle, empresa do sector financeiro e imobiliário. O informe de 27 páginas refere que a existência de processos burocráticos e bastante complexos, embora se assista algum progresso na inscrição nas finanças e os registos prediais definitivos dos activos imobiliários são outras das características do sector imobiliário nacional.

    Segundo os mentores do relatório, em determinados segmentos do País se vem assistindo a um aumento da oferta, assim como à existência de poucos terrenos com escritura colonial registada (de posse plena). Insegurança jurídica na transmissão da propriedade, especialmente da terra, falta de terrenos licenciados no centro da cidade, bem como a ausência do ordenamento do território e de planos directores para as cidades (pese embora estejam a ser realizados esforços nesse sentido pelas entidades responsáveis) fazem parte das características do sector.

    Por outro lado, uma vez que as universidades nacionais não produzem entretanto recursos humanos suficientes para o forte crescimento económico que se verifica no País e nas empresas, inclusive do sector imobiliário, a solução passa por recursos humanos expatriados, de acordo com o relatório. É na província de Luanda, indica o documento, que continuam a centrar-se os principais pólos imobiliários do País, pese embora em outras localidade, numa escalada impossível de comparar, como as cidades do Lobito e Benguela, Soyo e Cabinda, possam vir cirurgicamente a desenvolver-se novos projectos imobiliários, sempre alicerçados no investimento produtivo.

    O quinto relatório sobre o Mercado Imobiliário de Angola refere igualmente que o mercado nacional imobiliário continua num excelente ritmo de crescimento, atestado pela exigência dos clientes/ utilizadores dos activos imobiliários. Esta exigência, revela o documento, resulta de um limitado aumento da oferta em alguns segmentos de mercado. Mercado residencial Entretanto, o Relatório do Mercado Imobiliário indica ainda que o mercado residencial em Luanda continua bastante activo, fundamentalmente quando comparado com os outros mercados internacionais.

    Os mentores escrevem ainda que se estima que em 2014 tenham sido construídos 600 apartamentos na província de Luanda. “Hoje os compradores exigem os produtos finais concluídos para a tomada de decisão, sendo que para esta mudança muito contribuiu a não conclusão de alguns projectos imobiliários a nível nacional”, lê-se no estudo. Esta exigência por parte dos clientes prende-se igualmente com a desilusão de algumas áreas físicas dos espaços que terão sido comprados em plantas, invariavelmente considerados de pequena dimensão aquando do seu acabamento.

    A investigação nota ainda que o negócio da promoção imobiliária mudou radicalmente, com uma banca muito mais exigente, muitas vezes apoiada por peritos externos na execução dos business- -plans financeiros do negócio.

    Assim sendo, informa a análise, os promotores tomaram consciência de que têm de aplicar mais capital próprio ao negócio, característica a que não estavam habituados, dado que o volume de vendas em planta é hoje reduzido, tornando-se decisivo o apoio de profissionais na componente comercialização e marketing. Ou seja, avança-se para o normal modelo de negócio internacional no sector imobiliário.

    Outra constatação dos promotores imobiliários, de acordo com o relatório, tem que ver com a grande mudança que afecta transversalmente o mercado imobiliário nacional, incluindo os próprios promotores, banca, consultores e todos os seus agentes. A pesquisa observa também que o mercado deixou de ser, na sua generalidade, de clientes nacionais, passando para clientes e empresas internacionais, que preferem o arrendamento à compra do imóvel. (expansao.ao)

    Por: Estêvão Martins

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