A reconstrução da identidade africana requer estudos mais avançados e aturados, sobretudo no âmbito psicologia e psicoterapia, considerou hoje, quarta-feira, em Luanda, o académico Nlandu Matondo Fastino.
O académico em Cristianismo e Desenvolvimento teceu estas considerações após ter dissertado sobre “A filosofia e a consciência negra”, referindo ser necessário analisar que identidade se quer reconstruir, quer seja político, sociocultural, religiosa, por se considerar que todas sofreram modificações.
De acordo com o docente, pensar a identidade africana deve residir, sobretudo, em saber que elementos, que ciência, que saberes devem se juntar para que as identidades africanas se tornem num factor determinante para o desenvolvimento de África, como criar uma plataforma de entendimento comum, concertada dessas identidades, para que se traduzam num facto de equilíbrio, desenvolvimento e de harmonia social.
Para o especialista, é preciso saber conciliar todas as tradições, para se criar uma identidade não conflituosa, pela existência de vários grupos etnolinguísticos africanos, evitando assim conflitos tribais, étnicos e políticos.
Segundo o orador pensar na identidade africana é pensar nos desafios que o mundo actual sugere e um dos desafios actuais em África consiste em conciliar a identidade plural. (Angop)