O vice-ministro russo dos Negócios estrangeiros, Mikhail Bogdanov, condenou quinta-feira, em Kinshasa, as ingerências nos assuntos da crise política vigente na República Democrática do Congo (RDC).
O diplomata russo teceu essas declarações no termo de uma audiência com o Presidente da República do Congo, Joseph Kabila Kabange.
“Reiteramos o lema que usamos em África: qualquer problema africano deve ter uma solução africana. Todo problema congolês deve ter uma solução congolesa”, disse.
A Rússia é membro permanente do Conselho de segurança da ONU, que em Março último renovou, por unanimidade o mandato da (MONUSCO) na RDC, com a prioridade de um apoio técnico e logístico às eleições previstas para o dia 23 de Dezembro.
O segundo, e último mandato do Presidente Kabila terminou no dia 20 de Dezembro de 2016. Este diz que vai respeitar a Constituição, sem declarar oficialmente que deixará o poder. Os seus detractores acusam-no de não querer abandonar a liderança do país.
Por seu lado, o governo congolês afirma que vai financiar as suas próprias eleições.
No dia 28 de Maio, advertiu Angola, o Rwanda e a França contra qualquer ingerência no seu processo eleitoral.
“As nossas ideias coincidem quanto a salvaguarda da soberania de cada país e, principalmente contra a ingerência de um país nos assuntos de um outro”, declarou o ministro russo, depois do seu encontro com Joseph Kabila.
“A Rússia está disposta a reforçar as relações entre os dois países “, e a “alargar e engrandecer a cooperação. Tratam-se das trocas comerciais, dos projectos de investimentos e da formação de quadros nacionais na Rússia”, acrescentou. (Angop)