Dois antigos membros da Unita residentes em Menongue, Kuando Kubango, decidiram hoje, terça-feira, ingressar ao MPLA naquela província, formação partidária que mostra credibilidade na sua política com os seus militantes e não só.
Trata-se do ex-militar da Unita João Luís Mango, ex-deputado deste partido, que referiu, como um dos motivos do seu abandono, a falta de consideração da direcção actual daquele partido em relação aos seus quadros, bem como do facto de impugnar os resultados das recentes eleições gerais de que saiu vitorioso o MPLA.
Apontou ainda como um dos casos anormais o facto dos dirigentes da Unita, por altura de investidura do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, não terem aparecido mas que na altura de tomada de posse na Assembleia Nacional compareceram, só pelo facto do interesse económico.
O segundo quadro, Domingos Martinho Dala Caneta, coronel, disse que veio se pronunciar junto dos órgãos da comunicação social do seu fim como militante da Unita e sua passagem a militar no MPLA, servindo os interesses do Estado soberano da República de Angola, saído das eleições gerais de 31 de Agosto, ganhas por este partido e seu cabeça de lista José Eduardo dos Santos.
“Condeno séria e rigorosamente a atitude de Isaías Samakuva e o seu grupo, sem história na Unita, pelas posições que têm tomado contra o processo eleitoral e contra as instituições democráticas do Estado angolano. Enquanto, ao mesmo tempo, procura garantir os seus lugares vitaliciamente no Parlamento, o que revela hipocrisia”, frisou.
Para o novo militante do MPLA, são muitos os angolanos sacrificados durante a luta, ignorados, injustiçados, maltratados, como que não existissem, um povo ferido na carne e na alma, pelo que “chamo atenção a todos os ex-militares que partilhados juntos as longas caminhadas, que sentiram na carne os prejuízos de uma política rígida, para seguirem imediatamente o meu exemplo”.
Domingos Dala disse que se assim o fizerem serão os melhores patriotas e farão parte de uma geração da história brilhante do país, da sua reconstrução e da consciência dos angolanos, negando assim um grupo daqueles que se querem assumir como inimigos permanentes do povo ao invés de assumirem uma atitude construtiva e com ideias que ajudem a resolver os problemas do povo.
FONTE: Angop