Brazzaville – O Presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso, convidou sexta-feira a comunidade internacional a ajudar a República Centro-Africana (RCA) que vive, desde o golpe de Estado da coligação Séléka, uma crise de segurança, humanitária e económica.
“Os parceiros bilaterais, como a África do Sul, e os parceiros multilaterais, todos aqui representados, estão preocupados com a adoção hoje de um roteiro para uma transição inclusiva, pacífica, que permita dentro dos prazos acordados, um regresso à ordem democrática por meio de eleições livres, transparentes e credíveis”, declarou Nguesso em Brazzaville na abertura de uma reunião do Grupo de Contacto sobre a RCA (GIC-RCA).
Segundo ele, este processo não pode surtir sem um acompanhamento internacional vigoroso, sem um mínimo de assistência económica e financeira de emergência, já que esta crise decorre da miséria e da pobreza. A urgência é a todos os níveis, mas particularmente nas áreas da segurança, humanitária e económica”, acrescentou o Presidente congolês.
“Devemos, urgentemente, agir juntos para acompanhar a transição que se abre e assegurarmo-nos de que os compromissos serão assumidos, que os actores centro-africanos terão compreendido todas as dimensões do perigo que abala o seu país”, indicou Nguesso.
Por seu turno, o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, também defendeu o restabelecimento da ordem constitucional na República Centro-Africana.
“O regresso da vida à República Centro-Africana deverá ser marcado pela lei da ordem, pela estabilidade, pela segurança e pelo respeito dos direitos humanos. Não pode haver paz, nem prosperidade sem estabilidade. Devemos fazer todos os nossos esforços para alcançar uma solução na República Centro-Africana”, afirmou.
“Deveremos fazer com que todos os sofrimentos inúteis das populações da RCA cessem”, acrescentou o Presidente Zuma.
A reunião que decorre à porta fechada começou na presença do primeiro-ministro centro-africano, Nicolas Tiangaye.
Os outros países da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) estão representados nesta reunião a nível ministerial. (portalangop.co.ao)
