O primeiro-ministro britânico, David Cameron, assegurou que se demitirá se não cumprir a sua promessa de convocar um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, caso os Conservadores ganhem as eleições de 2015.
Cameron escreve hoje no The Sunday Telegraph um artigo no qual insta os britânicos a votar nas eleições europeias de 22 de maio e a serem otimistas, apesar de assegurar que entende o ceticismo destes.
Para o primeiro-ministro britânico, os “verdadeiros patriotas” devem apoiar o seu partido e não o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), do populista Nigel Farag, que lidera as sondagens.
Segundo uma sondagem da YouGov, 29% dos britânicos apoia Farage, que tem um discurso anti-imigração e anti-europeu, 26% os Trabalhistas de Ed Miliband e apenas 32% os Conservadores.
David Cameron reiterou a sua promessa de renegociar a relação do Reino Unido com a UE e depois convocar uma consulta popular em 2017 se os conservadores revalidarem a vitória nas eleições gerais do próximo ano no Reino Unido.
“Fiz um compromisso claro e pessoal: não serei primeiro-ministro do Governo caso não cumpramos a nossa promessa de realizar um referendo sobre se [se deve] ficar ou sair (da UE). É um princípio fundamental para mim”, escreve o primeiro-ministro no ‘Telegraph’.
Cameron explica que, entre as reformas que propõe, está a de que o Reino Unido “fique de fora de uma maior união” com a UE e a de uma manutenção do controlo das fronteiras nacionais.
“Compreendo o ceticismo. Mas, se querem uma prova de que cumpriremos, analisai o nosso histórico”, indica Cameron, que também critica os políticos britânicos que acreditam que o “pessimismo equivale a patriotismo”, aparentemente aludindo a Farage, mas sem o citar. (rfi.fr)