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    Petrolíferas têm que fazer pagamentos em bancos angolanos

    Apenas 11% da população usa bancos pelo que a expansão do sector deverá continuar

    A duplicação registada no numero de instituições bancárias nos últimos cinco anos além de “intensificar saudàvelmente o ambiente competitivo vem reforçar ainda mais o apoio à economia e o aumento do grau de bancarização da população”.

    As empresas petrolíferas que operam em Angola vão passar a efectuar os pagamentos na moeda nacional angolana, na sequência da aprovação, na terça-feira, da lei sobre o regime cambial do sector petrolífero, noticio hoje o Jornal de Angola.

    A proposta de lei, votada por unanimidade, obriga assim a petrolífera angolana Sonangol e as empresas estrangeiras a depositar em bancos localizados em Angola os valores necessários ao pagamento das despesas fiscais devidas ao Estado e ainda os pagamentos de fornecimento de bens e serviços por residentes.

    Analistas afirmam que a decisão reflecte  uma maior confiança do governo nas capacidades do sector bancário do país que está em plena expansão.

    Um  estudo da companhia de auditoria KPMG confirma com efeito que em todos os sectores  de actividade da banca por si analisados, desde os activos ao crédito,  depósitos e resultados, o sector bancário angolano está em plena expansão.

    Em 2010 tinham subido par 23 o número de bancos autorizados a operar no mercado angolano.

    Para os 10 bancos que reportaram o número de balcões em 2010 observa-se uma abertura média de 12,5 balcões por mês num total de 150 abertos durante todo ano, o que significa um aumento de 22,1% de 2009 para 2010.

    A salientar contudo uma grande concentração da banca angolana. Cerca de 20% dos bancos representam, 80 %  dos activos.

    O estudo diz no entanto que a duplicação registada no numero de Instituições Bancárias nos últimos cinco anos  além de “intensificar saudàvelmente o ambiente competitivo vem reforçar ainda mais o apoio à economia e o aumento do grau de bancarização da população”.

    Contudo a taxa da chamada “bancarização” da população situava-se em apenas 11% da população o ano passado e a maior parte dos balcões ,51%, estão situados em Luanda.

    Ambos estes factores são contudo  vistos como indicativo de um potencial crescimento  nos próximos anos.

    O relatório faz notar no entanto que com o aumento das actividades bancárias têm vindo a aumentar as reclamações nomeadamente no que diz respeito ao atendimento ao público e a problemas com transferências bancárias e falhas no sistema informático.

    A qualidade de serviço, faz notar o estudo, é “ferramenta esssencial para se atingir os objectivos da “bancarização” e de fidelização de clientes”. Há por isso a necessidade de uma adequada estrutura de governação interna, continua monitorização e controlo e regulamentação do sector.

    Entre outros desafios a que faz face a banca angolana, diz a KPGM,  conta-se a gestão do risco de crédito, gestão de risco e capital e a revisão e desenvolvimento  de modelos de prevenção de branqueamento de capitais.

    Para já contudo, diz o estudo da KPGM, pode dizer-se que os bancos em Angola tem uma “elevada dinâmica” embora tenham  “necessáriamente que se adaptar aos desafios  e tendências emergentes”.

     

    Por João Santa Rita | Washington

    Fonte: VOA

    Foto: Reuters

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