Angop
Os pensamentos de Fidel Castro devem ser objectos de estudo em Angola, defendeu o secretário-geral da Associação de Amizade Angola-Cuba, Fernando Jaime, quando falava nesta quarta-feira, 07, em Luanda, numa conferência inserida nos festejos do 93º aniversário do ex-presidente cubano, Fidel de Castro, a comemorar-se a 13 deste mês.
Ao analisá-lo, segundo o conferencista, o país aprenderia muito como ele conseguiu tornar o seu país num dos mais avançados na medicina tropical e o único que terminou com o analfabetismo em apenas um ano.
Considerou que Fidel de Castro defendeu à implementação de boas políticas sociais para melhorar a vida da população nas sociedades, ressaltando que tornou, por exemplo, Cuba numa referência actual onde com poucos recursos os cidadãos vivem sem muitas dificuldades.
Por isto, continuou, muitos países procuraram ajuda do governo cubano para apoiá-los, sobretudo, nos sectores da saúde e da educação.
Durante a sua prelecção, o Caimanero, como são chamados os angolanos formados em terras cubanas, reprovou o governo americano de Donald Trump que insiste em impor sanções contra Cuba, que resiste às mesmas há quase 50 anos.
Apelou à administração Trump que cesse as interferências na vida política daquele país, por prejudicar a população.
Fernando Jaime, que estudo e leccionou em Cuba, fez depois uma retrospectiva histórica sobre a vida política e militar de Fidel Castro, sem esquecer os seus longos discursos e a capacidade que tinha de visionar os contextos políticos do mundo na sua época.
Outro conferencista, António Pacavira, que se formou também naquele pais caribenho, afirmou que o ex-líder cubano foi um defensor dos direitos humanos, por ter tido ideias que permitiram ajudar outros povos para conseguir a independência.
Falou de Angola que teve o apoio militar do governo de Fidel , ajuda que depois estendeu-se aos sectores da Educação e Saúde.
As conferências decorreram no Centro de Imprensa Anibal de Melo e contou também com a exibição de vídeos sobre a vida de Fidel de Castro, músicas e declamação de poesia.
Centenas de individualidades, entre eles diplomatas, assistiram as actividades em homenagem ao estadista que faleceu por doença no dia 26 de Novembro de 2016..