O papa Francisco celebrou nessa terça-feira a primeira Missa do Galo de seu pontificado. Na cerimónia, acompanhada por 10 mil fiéis na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o sumo pontífice defendeu os “marginalizados” da sociedade. Seu discurso foi retransmitido por redes de televisão em 65 países.
Assim como fez com seu antecessor Bento 16, o Vaticano decidiu antecipar a Missa do Galo desse ano para evitar o cansaço do sumo pontífice. Na cerimónia, que durou pouco mais de 1h30 e terminou por volta das 23h no horário local, o papa Francisco defendeu os excluídos da sociedade. “Os pastores foram os primeiros que receberam o anúncio do nascimento de Jesus. Eles foram os primeiros porque estavam entre os últimos, os marginalizados”, enfatizou o chefe da Igreja Católica.
Diante de 10 mil pessoas que assistiam a cerimónia na Basílica de São Pedro, mas também de milhares de telespectadores que acompanharam a celebração graças à transmissão por canais de televisão de 65 países, o ex-cardeal Jorge Bergoglio preferiu uma curta homilia para a sua primeira Missa do Galo. Acompanhado por mais de 300 cardeais, padres e bispos, o papa argentino fez um discurso sóbrio e modesto, confirmando o estilo que vem marcando o seu pontificado.
Os textos foram recitados ou entoados principalmente em italiano e em latim. Uma breve prece foi feita em aramaico, o idioma de Cristo, e outra em chinês, na qual Francisco enviou uma mensagem para os que são perseguidos por causa da fé.
O chefe da Igreja Católica terminou seu sermão insistindo para que os fiéis não tenham medo de estender a mão a Deus. “Nosso Pai é paciente, nos ama e nos deu Jesus para nos guiar no caminho rumo a terra prometida. Ele é a luz que resplandece na escuridão. Ele é a nossa paz”, concluiu.
Os rituais natalícios continuam no Vaticano na quarta-feira, quando o papa deve ler em sua sacada a mensagem “Urbi et Orbi”, termo em latim para “a cidade e o mundo”. (rfi.fr)