A polícia egípcia prendeu nesta terça-feira o ex-primeiro ministro do presidente islamita destituído Mohamed Mursi, Hisham Qandil, anunciou o Ministério do Interior.
Qandil foi preso no deserto, nos arredores do Cairo, “com um contrabandista, tentando fugir para o Sudão”.
No fim de Setembro, ele foi condenado a um ano de prisão por não ter exigido o cumprimento de um veredicto que anulava a privatização de uma empresa pública nos anos 90.
A Justiça havia ordenado que fossem congelados os bens de Qandil, e o proibido de deixar o país.
Qandil se manteve discreto durante a repressão aos partidários de Mussi, derrubado pelo Exército em 3 de Julho.
Ele fez parte de uma aliança de grupos favoráveis a Mursi em reuniões com mediadores europeus para tentar reduzir a tensão com as autoridades no poder no Egipto, instaladas pelo Exército.
As tentativas fracassaram em Agosto, quando a polícia dispersou uma manifestação de partidários do primeiro presidente eleito democraticamente no Egipto em duas praças do Cairo, deixando centenas de mortos.
Milhares de islamitas foram detidos durante a campanha de repressão, entre eles quase todos os dirigentes da Irmandade Muçulmana, à qual pertence Mursi, e vencedores das eleições do fim de 2011. (afp.com)