A Organização Mundial de Saúde (OMS) apelou ontem aos parceiros da República Democrática do Congo (RDC) para demonstrarem solidariedade com o país, que enfrenta uma epidemia de Ébola que já matou quase duas mil pessoas.
“Chegou o momento de todos os parceiros, incluindo os nove países vizinhos da RDCongo, mostrarem solidariedade no bloqueio à propagação do Ébola”, disse o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyessus, à margem da 69.ª sessão do Comité Regional Africano da OMS, que vai eleger o novo diretor da OMS em África, com sede na capital do Congo, Brazaville.
De acordo com o Folha de Maputo, pelo menos 400 participantes, incluindo 47 ministros da Saúde do continente africano, participam nesta sessão, que foi aberta pelo Presidente do Congo, Denis Sassou Nguesso.
“O Ébola é uma doença evitável e tratável. Temos uma vacina que é mais de 97% eficaz e medicamentos que são mais de 90% eficazes”, apontou o diretor-geral da OMS, concluindo que “a estratégia regional de vigilância e resposta às doenças é muito importante, e pode preencher todas as lacunas identificadas, já que o Ébola é uma complexa emergência de saúde”.
A Organização Mundial de Saúde declarou no dia 17 de julho o estado de emergência internacional na RDCongo devido ao Ébola.
A epidemia de Ébola, que está localizada nas províncias de Kivu Norte e Ituri (leste e nordeste da RDCongo), mantém, segundo a OMS, a intensidade de transmissão com uma média de 86 novos casos por semana nas últimas seis semanas.
Desde que a epidemia do vírus foi declarada no país, já foram vacinadas pelo menos 181.389 pessoas.