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    Negócio da Fotografia garante empregos e lucros

    A vietnamita que chegou ao país há anos para investir em outros negócios fora da área da imagem é hoje uma das maiores referências do ramo e já tenciona investir dois milhões de dólares para nova Konica.

    O negócio da Fotografia, embora controlado maioritariamente por asiáticos, continua a garantir a sustentabilidade de muitas famílias angolanas e não só, bem como continua a propiciar a criação de pequenos empregos.

    Essa informação foi avançada pela empresária vietnamita Lee, que aposta fortemente nesta área e garante ser bastante lucrativa. Tudo começou em 2007, altura em que ela chegou a Angola e, face às dificuldades que encontrou no país, para desenvolver outros negócios, decidiu apostar na fotografia, baseando-se na sua experiência, uma vez que já fazia o mesmo negócio no seu país de origem, mas com pouca intensidade.

    Durante a reportagem do JE, a empresária do ramo da fotografia explicou que o negócio é rentável e constitui fonte de renda para muitos cidadãos nacionais e expatriados. No princípio, foi difícil, devido às dificuldades da língua. Com o tempo, aprendeu a falar português e criou amigos e clientes.

    Na altura, contava apenas com uma máquina fotográfica, uma impressora, cabine de revelação das fotos e uma copiadora amadora. Por dia, ela chegava a fotografar mais de 100 clientes. As cópias normalmente rondavam entre 200 e 500 folhas por dia. Com dedicação e aposta séria, o negócio cresceu e isso duplicou as cifras em termos de fotografias.

    O número de cópias cresceu igualmente e hoje ronda entre 500 e mil por dia. Além de fotografar, a revela- ção de fotografias consta entre os negócios mais rentáveis. Por cada foto, a sua Konica cobra 40 kwanzas.

    A fotografia de meio corpo, por exemplo, está entre os produtos mais solicitados, permitindo uma recepção de mais de 50 clientes por dia. Outros serviços A empreendedora vietnamita colocou à disposição dos clientes novos serviços, que vão desde a produção de álbuns digitais, timbragem de camisolas, recuperação de fotos em mau estado de conservação a um espaço que serve de cibercafé.

    Por dia, chega a atender entre 100 e 200 clientes. Além de fotografar e imprimir, a pequena empresária faz cartões-de-visita e restauração de fotografias em mau estado de conservação. Questionada sobre o seu rendimento diário, Lee explicou que varia de acordo com o fluxo de clientes, mas em média chega aos 50 mil kwanzas diários.

    Segundo explicou, no passado, o negócio já rendeu mais. Com a conjuntura económica internacional e a consequente desvalorização do kwanza, essa realidade mudou. “Precisamos de divisas para importar a tinta de impressão, substituição de equipamentos e aquisição de novas máquinas. Uma realidade que está cada vez mais difícil face à escassez de divisas”, reconheceu.

    “Já pensamos em aumentar o preço dos produtos e serviços, mas preferimos recuar para não afugentar os clientes”, disse. Expansão Com o objectivo de dinamizar o negócio, Lee investiu dois milhões de dólares na construção e apetrechamento de uma nova Konica, que permitirá a prestação de melhores serviços ao público em função da demanda do mercado. Na verdade, a meta é aumentar a capacidade de resposta face à demanda.

    Segundo explicou, o novo estabelecimento vai-se ocupar, sobretudo, da impressão em camisolas e lonas. Para garantir a satisfação da clientela, o empreendimento conta com dois empregados angolanos e duas vietnamitas. Entre os jovens que ganharam o seu posto de trabalho na “Konica do 1º de Maio”, está Francisco Chicanha, de 21 anos de idade, morador do bairro Prenda.

    Ele relata que, de segunda a sábado, entra às sete horas e apenas fecha às 18 horas. Na Konica, são aconselhados a aprender a fazer de tudo um pouco, desde fotografar, copiar, digitalizar, cortar fotos, arrumar álbuns e encadernar.

    Para ele, as quartas e sextas-feiras são os dias mais rentáveis, ao passo que quintas e sábados são os menos rentáveis. Por sua vez, Paulo Jorge fotógrafo profissional, que vive desta actividade, explicou que a fotografia constitui a sua principal fonte de renda.

    Paulo explicou que, nos finais de semana, dificilmente fica em casa. Trabalha em casamentos, baptizados, aniversários e pedidos de noivado. Ao longo da semana, passa o tempo nas principais unidades hoteleiras da capital. Ali faz fotos espontâneas e vende na hora. Por cada foto sem quadro cobra o equivalente a 500 e quando inclui o quadro mil kwanzas.

    Nas actividades realizadas em diferentes ministérios, chega a facturar entre 20 e 30 mil kwanzas/dia. O mesmo disse ainda que este segmento de negócio tem vindo a registar índices de concorrência muito elevados. “Para sobreviver, é preciso manter virtudes como o respeito pelos clientes, seriedade, sinceridade e muita responsabilidade”, revelou. (jornaldeeconomia)

    Por: André Sibi

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