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    MPLA afina máquina para as eleições gerais

    O presidente José Eduardo dos Santos reafirmou, ontem, em Luanda, o compromisso e a determinação do MPLA na construção de uma “nação na qual todos os seus filhos se sintam incluídos, com direitos e oportunidades iguais”.
    Ao discursar na abertura da IV sessão ordinária do comité central do MPLA, no complexo do Futungo 2, disse que o partido vai dedicar uma atenção redobrada à sua lista de candidatos a deputados à Assembleia Nacional e ao seu programa de governação para o período de 2013-2017, por entender que “da justeza da sua elaboração depende o reforço da credibilidade do partido e a confiança dos eleitores”.
    O líder do MPLA insistiu na necessidade de se prestar atenção permanente aos antigos combatentes e aos programas de luta contra a pobreza, tal como aos programas de apoio à juventude, à mulher e à criança, aos idosos e aos portadores de deficiência.
    “São eles a razão primeira da nossa luta e dos nossos esforços para edificar uma nação na qual todos os seus filhos se sintam incluídos, com direitos e oportunidades iguais”, defendeu José Eduardo dos Santos, acrescentando ser este um “compromisso a favor da vida, (…) um compromisso de toda uma vida para o MPLA”.

    Informar e comunicar melhor

     José Eduardo dos Santos referiu-se ao balanço da actividade do partido em 2011, elogiando o “elevado grau de cumprimento das tarefas preconizadas”, mas criticou a falta de capacidade para “transmitir e divulgar da melhor maneira” as realizações do partido e do Executivo.

    “Temos o dever de comunicar cada vez melhor e de informar sobre o que está a ser feito para a construção de um país desenvolvido, moderno e justo, valorizando o trabalho, o conhecimento e a ética”, defendeu, lamentando a falta de capacidade para “assegurar o conhecimento correcto e oportuno, tanto no interior como no exterior do país, da actividade desenvolvida quer pelo partido quer pelo Executivo”.

    Muito está a ser feito

    Para o líder do MPLA, é “necessário que a população tenha a compreensão real do muito que está a ser feito em seu benefício, em prazos sem paralelo em países acabados de sair de um conflito de cerca de 40 anos”. José Eduardo dos Santos defendeu que uma melhor divulgação do que está a ser feito pode contribuir para que a população possa interpretar e rejeitar em consciência as muitas campanhas destinadas a denegrir e caluniar “que pretendem dar uma imagem negativa do nosso partido e também do Executivo e dos seus dirigentes”.
    O trabalho de esclarecimento e consciencialização desenvolvido pelo partido mereceu o seu elogio, considerando que ele faz hoje dos angolanos um povo “politicamente maduro”, que “sempre soube, nas horas decisivas, distinguir perfeitamente quem trabalha a favor da defesa dos seus interesses e quem busca apenas aproveitar-se da sua boa-fé e do seu desejo legítimo de melhorar as suas condições de vida para alcançar outros fins”.
    A confiança na maturidade política dos angolanos leva a que o partido não tema “expor-se à sua avaliação e ao seu veredicto em eleições periódicas, onde o confronto de ideias se faça de maneira aberta e plural, honesta e civilizada, e onde cada um possa, livremente, expressar as suas opiniões e anunciar os seus programas”.

    Estratégia pronta

    O MPLA tem definida a estratégia eleitoral para as eleições gerais a terem lugar este ano, mas aguarda-se que o bureau político aprove os orçamentos “em tempo oportuno”, adiantou. O órgão de cúpula do partido vai igualmente encarregar-se de montar as estruturas centrais e locais da campanha e as estruturas logísticas e de informação e marketing político.
    José Eduardo dos Santos recomendou trabalho para que o partido que tem a maioria no Parlamento possa voltar a triunfar nas eleições gerais. “O partido tem de preparar-se para a próxima disputa eleitoral, pois não acreditamos em vitórias antecipadas”, afirmou, sustentando que “a vitória resulta sempre do nosso trabalho e da nossa capacidade para mobilizar e convencer as pessoas sobre a justeza do nosso programa e sobre a nossa disposição e capacidade de o implementar”.
    Para o número um do partido que tem a maioria no Parlamento, o MPLA é o que é hoje pela sua persistência em trabalhar em prol da materialização dos anseios da população e da prossecução dos interesses do país. “Somos o que somos hoje porque nunca nos acomodámos à sombra das conquistas alcançadas. O presente exige sempre dinamismo e capacidade de resposta aos múltiplos problemas que se colocam na trajectória do partido”, referiu.

    Solidariedade de cada um

    Ao apelar à comparticipação dos militantes, disse: “Que cada militante, amigo e simpatizante do partido faça a sua parte onde estiver, que tenha o seu cartão de eleitor, que participe activamente no seu Comité de Acção do Partido e pague a sua quota, (…) e quem puder que contribua com o que for possível para o orçamento da campanha do MPLA e que cumpra as directivas da direcção do partido.”
    José Eduardo dos Santos referiu-se, ainda, a um parecer da comissão de disciplina e auditoria do comité central sobre o relatório do bureau político submetido à aprovação na sessão de ontem, realçando a necessidade de as estruturas do partido prestarem “especial atenção aos incumprimentos do que foi programado, com a análise das suas causas acompanhada de propostas de solução”.

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