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Quase duas décadas depois do escândalo que envolveu o ex-presidente dos EUA Bill Clinton e uma estagiária da Casa Branca, Monica Lewinsky, a história volta à imprensa. Desta vez através da própria Monica Lewinsky que escreveu um artigo para a revista “Vanity Fair”, que será publicado na quinta-feira, onde recorda o episódio que acabaria por mudar toda a sua vida.
No artigo, intitulado “Vergonha e sobrevivência”, a antiga estagiária, agora com 40 anos, diz arrepender-se “profundamente” do que aconteceu e afirma que “é altura de enterrar o vestido azul”, que continha vestígios de sémen e serviu de prova.
Apesar de sublinhar que o então presidente se aproveitou desse facto para a assediar, Lewinsky diz que a relação foi consensual e que e o “abuso” aconteceu depois, quando a transformaram em “bode expiatório para proteger o seu lugar no poder”.
A razão do regresso público prende-se, porém, com uma história que envolveu um caloiro da Universidade de Rutgers. Tyler Clementi suicidou-se em 2010, aos 18 anos, depois de um colega publicar na internet um vídeo em que o jovem aparecia a beijar outro homem.
Com base neste caso e na sua própria história, Lewinsky afirma no mesmo artigo, estar “decidida a dar um final diferente à minha história e finalmente levantar a cabeça para poder dar um sentido ao meu passado”.
Esse sentido passará, segundo a própria, por usar o seu caso para “ajudar outros nos momentos mais difíceis de humilhação” e por um envolvimento “em actividades em prol de vítimas de humilhação online ou assédio”. (ionline.pt)
