“Prisão arbitrária” e “violação da liberdade” são os argumentos de Mohamed Bazoum junto do Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para pedir a sua libertação, após quase três meses de detenção no Palácio Presidencial, em Niamey. Também a sua mulher, Haziza, e o seu filho, Salem, estão detidos com ele.
Quem representa o Presidente nigerino neste pedido internacional é o seu advogado, Seydou Diagne, que pede também que o Tribunal decida pelo regresso à normalidade constitucional no país e a restituição do poder a Mohamed Bazoum. Este tribunal é a principal autoridade jurídica da CEDEAO e é composto por cinco juízes escolhidos entre os países-membros.
Segundo a advogado do Presidente deposto, o general Abdourahamane Tiani, que está à frente do governo militar, “não está autorizado pela lei nigerina a efectuar prisões”.
Desde o golpe de Estado a 26 de Julho, que a CEDEAO tem ameaçado as novas autoridades do Níger com uma possível intervenção militar, recebendo o apoio de vários países ocidentais. Na quarta-feira, a União Europeia voltou a defender “a libertação imediata e incondicional” do Presidente Mohamed Bazoum e da sua família.