Os ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) renovaram nesta segunda-feira a promessa de contribuírem para a consolidação do processo democrático na Guiné-Bissau.
Numa conferência de imprensa conjunta, no final da XV Reunião dos Ministros da Defesa da CPLP, realizada em Cascais, arredores de Lisboa, o ministro da Defesa portuguesa, José Pedro Aguiar-Branco, disse que a organização “renovou o compromisso de contribuir para a consolidação do sistema democrático na Guiné-Bissau”.
O ministro luso garantiu o “empenho” em futuras acções a serem desenvolvidas para consolidar o processo em curso na Guiné-Bissau, tendo considerado as recentes eleições nesse país como “um passo sustentado e duradouro para o regresso à normalidade”.
Outro interveniente na conferência de imprensa conjunta foi o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, que defendeu ser ideal uma operação concertada da CPLP na Guiné-Bissau, com o objectivo de responder às necessidades de reforma do sector de segurança naquele país.
“Timor-Leste está em posição de ajudar a Guiné-Bissau por possuir uma certa experiência pelo facto de ter vivido um conflito prolongado a seguir ao qual foi necessário desmobilizar as forças armadas”, afirmou Xanana Gusmão, que elogiou ainda a “coragem dos actuais líderes do país que estão imbuídos de vontade de mudar o rumo dos acontecimentos”.
Por sua vez, o ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, garantiu o apoio do seu país na modernização das forças armadas da Guiné-Bissau, habilitando-as, sobretudo, para o combate do narcotráfico.
Na XV Reunião dos Ministros da Defesa da CPLP, Angola fez-se representar por uma delegação chefiada pelo ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, e que integrou oficiais generais e quadros superiores do Ministério da Defesa e das Forças Armadas.
Durante a reunião foram debatidos os principais desafios que os Estados-membros da organização enfrentam no domínio da defesa e segurança, assim como questões de âmbito internacional e respectivas implicações político-militares no contexto regional.
Depois de Moçambique, em 2013, Portugal (2014), São Tomé e Príncipe vai acolher a próxima reunião de ministros da Defesa da CPLP, em 2015. (portalangop.co.ao)