Quinta-feira, Maio 16, 2024
18.9 C
Lisboa
More

    Militares protagonizam novo golpe de Estado no Sudão

    Militares prenderam o primeiro-ministro do Sudão, Abdallah Hamdok, quatro ministros e um membro do Conselho Soberano, que controla o Governo civil de transição. Eles também cortaram o acesso à internet e bloquearam pontes que dão acesso à capital Cartum, no que o Ministério da Informação classificou como um golpe de Estado.

    Em resposta, milhares de pessoas saíram às ruas de Cartum e Omdurman, a segunda maior cidade do país, para protestar contra o aparente golpe militar.

    Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram manifestantes a bloquear vias e a incendiar pneus, enquanto são reprimidos por forças de segurança que usam gás lacrimogéneo.

    Há informações de vários feridos, mas desconhece-se o local para onde foi levado o primeiro-ministro Hamdok.

    Logo após o golpes, as reacções não se fizeram esperar com os Estados Unidos a dizerem que estão “profundamente preocupados” com a situação e alertaram que “qualquer mudança no Governo de transição põe em perigo a ajuda americana”.

    O enviado da ONU ao Sudão, Volker Perthes, afirmou estar “muito preocupado com os relatos de um golpe” e apelou “às forças armadas para que libertem imediatamente os detidos”, considerando as detenções “inaceitáveis”.

    A Liga Árabe exortou ao diálogo e expressou a sua “profunda preocupação” com a situação, ao mesmo tempo que pediu “todas as partes a respeitar” o acordo transitório de divisão do poder estabelecido em 2019 após a derrubada do ditador Omar al-Bashir, num comunicado em que cita o seu secretário-geral Ahmed Aboul Gheit.

    Por seu lado, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki, disse que “soube com grande consternação a grave evolução da situação no Sudão” e pediu “a retomada imediata das consultas entre civis e soldados”.

    A Comissão Europeia, por sua vez, apelou à “rápida libertação” dos líderes civis do governo do Sudão e “que os meios de comunicação não sejam dificultados para permitir que os necessitados sejam alcançados”.

    O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, apelou à comunidade internacional “para colocar a transição sudanesa de volta aos trilhos” da democracia.

    Publicidade

    spot_img

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Excesso de capacidade na indústria siderúrgica da China se espalha para os mercados de exportação

    Uma investigação do Ministério do Comércio da Tailândia poderá ampliar as medidas anti-dumping contra bobinas de aço laminadas a...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema