No Gabão, militares dizem que estão a tomar o poder, declaram o anulamento das eleições gerais de 26 de agosto e o encerramento de fronteiras “até nova ordem”. A AFP fala numa dezena de militares como estando à frente deste golpe militar.
Em comunicado, as auto intituladas Forças de Defesa e de Segurança, afirmavam que “a organização das eleições, ditas gerais de 26 de agosto de 2023, não reuniu as condições para um escrutínio transparente, credível e inclusivo, tão esperado pelo povo gabonês”.
“Atualmente, o país atravessa uma grave crise institucional, política, económica e social. (…) A isto junta-se uma governação irresponsável e imprevisível, que se traduziu numa deterioração constante da coesão social, ameaçando conduzir o país ao caos”.
No referido documento diziam ter-se reunido no “Comité de Transição e de Restauração das Instituições” e que, em nome do povo gabonês, da paz e da proteção das instituições decidiram pôr fim “ao regime no poder”.
“Todas as instituições da República são dissolvidas, incluindo o Governo, o Senado, a Assembleia Nacional, o Tribunal Constitucional, o Conselho Económico, Social e Ambiental e o Centro Eleitoral do Gabão”, lia-se no comunicado.