O governo de Mianmar, ex-Birmánia, anunciou que não tem mais presos políticos. A amnistia geral até o final de 2013 era uma promessa do presidente Thein Sein.
Cumprindo a promessa de amnistiar todos os presos políticos até o final deste ano, o presidente Thein Sein, por meio de seu porta-voz, Ye Htut, anunciou nas redes sociais que Mianmar “não tem mais prisioneiros políticos”.
Ontem à noite, detidos condenados por crimes como traição e protestos ilegais foram libertados. Muitos deles foram presos sob o antigo regime da junta militar. Em um decreto especial, cinco presos condenados por outros motivos também foram amnistiados.
Antes da dissolução da junta militar em Março de 2011, o governo do país era acusado por militantes de direitos humanos de ter cerca de 2 mil prisioneiros políticos. Desde a instauração do novo governo, vários grupos de opositores como jornalistas e monges deixaram as prisões. O número total de amnistiados, porém, não foi informado.
Os defensores dos direitos humanos dizem que ainda existem 200 pessoas à espera de julgamento. A maioria delas é acusada de ter organizado protestos sem autorização. Ou seja, se forem condenadas, poderiam ser consideradas como criminosos políticos.
Oposição
A líder da oposição, Aung San Suy Kyi, saudou de forma cautelosa esse novo gesto de amnistia do governo. Outros opositores são mais críticos. “Não podemos dizer que não há mais prisioneiros políticos”, disse Thet Oo, membro de um grupo que representa ex-presos políticos. (rfi.fr)