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    Menino baleado na cabeça no RJ deve ficar com sequelas graves, dizem médicos

    Criança de 3 anos foi ferida dentro de casa por bala que entrou pelo telhado. Médico diz que estado dele é gravíssimo.

    Oliveira, pai do menino Vitor Gabriel Leite Matheus, de 3 anos, disse que os médicos já fizeram de tudo para salvar a vida do filho. Atingido por uma bala perdida na cabeça, quando brincava com os irmãos na sala de casa, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, o menino está internado em estado gravíssimo no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. O diretor da unidade, Joé Gonçalves Sestello, confirmou ao G1 que a situação é muito grave e que, caso a criança sobreviva, deve ficar com sequelas.

    “Os médicos estão fazendo a parte dele. Agora só espero que Deus faça. Estou orando a Deus para que ele reaja. Porque agora, só Deus. Ele estava brincando, feliz. É um menino que todo mundo gosta”, disse Anderson, que agradeceu a compreensão dos médicos que estão permitindo que ele também acompanhe, junto com a mãe, o menino no hospital.

    Segundo o Sestello, o estado do menino é extremamente grave. Trata-se de um caso neurológico complexo, pois a bala atravessou um hemisfério do cérebro de Vitor e se alojou do outro lado.

    “O prognóstico é muito ruim. Ele teve uma lesão muito grave, de uma complexidade neurológica extrema. A gente precisa acompanhar o quadro clínico dele a todo instante para que se possa fazer uma nova descompressão do cérebro, se ele melhorar. Foi feito um tratamento neurocirúrgico de limpeza no local de entrada da bala e descompressão do cérebro. Se ele conseguir superar essa fase crítica, vai ficar com sequelas graves”, disse o médico que optou por não transferir a criança para o Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, por entender que, no momento, ele está bem assistido na Posse e porque os riscos seriam muito grandes.

    Anderson, que disse estar com o coração dolorido, contou que Vitor brincava com os irmãos no sofá da sala de casa, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, quando foi atingido. Ele disse que ouviu estouro, como se fosse um balão, e achou que tinha sido o barulho provocado pela queda do menino do sofá.

    “Saí correndo com ele nos braços. A mãe conseguiu que uma vizinha o levasse de carro para um hospital em Nilópolis. Lá o médico viu que ele tinha uma coisa na cabeça. Achei que era um pedaço de madeira do sofá. Só depois que levaram ele para o Hospital da Posse e fizeram a tomografia é que descobriram que era uma bala”, relembrou o pai.
    Ele se desespera quando lembra como tudo aconteceu.

    “Ele estava no sofá de casa. Uma casa toda murada, direitinha. A bala entrou pelo telhado. A gente pensa que isso tudo não vai vir até nós e a bala entra pelo telhado. Não dá para explicar a dor que eu estou sentindo. Ninguém sabe de onde veio. Tanto espaço para cair e foi parar na cabecinha dele. Tem de parar com essa história de armamento, de dar tiro para o alto à toa porque a bala pode cair na cabeça de alguém. Essa violência tem de acabar, não dá mais”, apelou o pedreiro. (G1)

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