A UNICEF aconselha as famílias a promoverem o aleitamento materno exclusivo até, pelo menos, aos seis meses de vida do bebé, para melhorar a nutrição e a saúde das crianças.
Em comunicado emitido por ocasião do 20º aniversário da Semana Mundial do Aleitamento Materno, a agência especializada das Nações Unidas acrescenta que “milhares de crianças continuam a perder a vida devido a doenças preveníveis, como a má nutrição aguda, causadas pelo desmame precoce e pela falta de alimentação complementar adequada”.
A Semana Mundial do Aleitamento Materno, celebrada nos primeiros sete dias de Agosto, decorre este ano sob o lema “Compreensão do Passado, planeando o futuro: Celebrar os dez anos da Estratégia Global da OMS/UNICEF para a Alimentação de Bebés e Crianças”.
De acordo com a nota, apesar da forte evidência de que o aleitamento materno exclusivo previne doenças como a diarreia e a pneumonia, que matam, anualmente, milhões de crianças, as taxas globais do aleitamento materno mantiveram-se relativamente estagnadas nos países em desenvolvimento, passando de 32 por cento, em 1995, para 39 por cento, em 2010.
“Em Angola, os dados do Inquérito Nutricional do Ministério da Saúde (MINSA), de 2007, indicam que apenas 31 por cento das mulheres amamentam exclusivamente as crianças até ao sexto mês de vida”, lê-se no documento.
A nota adianta que as acções de marketing anti-ético dos fabricantes de substitutos do leite materno e as más políticas nacionais que não apoiam a licença de maternidade são alguns dos obstáculos à melhoria das taxas do aleitamento materno. Uma criança não amamentada tem 14 vezes mais probabilidades de morrer nos primeiros seis meses do que uma amamentada exclusivamente durante o mesmo período.
A explicação para esta probabilidade tem a ver com o facto de o leite materno atender às necessidades nutricionais completas de um bebé até aos seis meses e ser um dos melhores investimentos para a sobrevivência infantil.