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    Macron promete ajuda humanitária à RDC mas recebe críticas

    Era uma visita muito esperada, mas quem aguardava uma condenação expressa do Ruanda não a obteve. Em vez disso, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou na sua visita à República Democrática do Congo que este país “não é um troféu de guerra” e que a “pilhagem a céu aberto deve acabar”.

    Em causa estão os conflitos na província do Kivu-Norte, junto à fronteira ruandesa, onde grupos armados, como o Movimento Março 23 (M23), combatem o exército congolês.

    O presidente congolês, Félix Tshisekedi, declara que o seu país é alvo de “uma agressão injusta e bárbara”. Kinshasa acusa o Ruanda de apoiar o M23, que tomou o controlo de vastos territórios. Trata-se de uma região rica na exploração de minérios.

    O governo congolês esperava uma atitude firme de Macron contra Kigali. O presidente francês falou apenas na possibilidade de sanções, caso o Ruanda não assuma as suas responsabilidades, e diz acreditar nos resultados da mediação da União Africana, através do presidente angolano, João Lourenço, que visitou sexta-feira em Luanda.

    Macron anunciou também uma ponte aérea humanitária para aquela conturbada região.

    O Comissário Europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarčič, declarou que “a União Europeia está preparada para mobilizar todos os recursos que sejam precisos para apoiar os trabalhadores humanitários, de acordo com as necessidades da população da República Democrática do Congo”.

    “Perante uma história com um número de vítimas equivalente ao das guerras mundiais que vivemos, a França não reivindica, eu não reivindico, ter encontrado a solução. A solução reside num despertar coletivo. Por isso, a França será o primeiro país a responder à iniciativa da União Europeia”, declarou Macron.

    Nas ruas de Kinshasa, a ausência de uma condenação direta do Ruanda motivou uma manifestação anti-Macron, acusado de querer balcanizar este país. Entre os contestatários, havia quem empunhasse cartazes pró-Putin, uma vez que, para os organizadores do protesto, a Rússia e também a China são aliados mais fiáveis do que a França.

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