O músico Kintino considera que as Lives vieram dar espaço a um momento importante e especial na vida dos cidadãos, atendendo ao slogan “Fique em Casa”.
Face ao surto pandémico, provocou uma rotina caseira, com pouco ou nada para fazer, o que pode envolver o stress, daí o seu apreço para que as lives continuem a manter, por um lado, os telespectadores expectantes à exibição de artistas na tela e, por outro, o espairecer das rotinas constantes.
Mas a grande questão que o faz apontar esse comentário tem a ver com o facto de as Lives não serem inclusivas, vindo mesmo a excluir um grande segmento das artes muito importante como é o caso do teatro. Para o guitarrista, esta área das artes com dimensão de ‘transformar’ mentes continua à margem daquilo que são vontades dos produtores de Lives.
“Numa situação de confinamento, em que os artistas, uma vez mais, têm estado a fazer sacrifícios para manterem os seus status quo, não se deveria beneficiar quase que exclusivamente os cantores e músicos. Daí o meu apelo à Televisão Pública de Angola (TPA), com responsabilidade de ser um canal público, rever a sua política ‘livista’, até porque são os contribuintes que mantêm a funcionalidade do órgão. Assim sendo, proponho que se façam contactos com os responsáveis dos grupos teatrais e encontrem denominadores comuns, em poder-se adaptar o teatro e a música para manter a audiência.
Mas a verdade é que este segmento das artes pode muito bem contribuir para o engrandecimento das lives.
Sem descredibilizar o foco, o teatro, dança e música casam muito bem. Basta que se experimente”, concluiu.