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    Líbia: Primeiro-ministro demissionário proibido de sair do país

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    Tripoli, Líbia  – O primeiro-ministro líbio, Ali Zeidan, demitido terça-feira pelo Congresso Nacional Geral (CNG, Parlamento) foi proibido de deixar o território líbio, numa decisão tomada pouco depois pelo procurador-geral da Líbia, Abdelkader Radhouan.

    Segundo o procurador, Ali Zeidan deve responder por desvio de fundos públicos avaliados em 30 milhões de dinares líbios (1 dólar americano equivale 1,25 dinar líbio) entregues a grupos armados que bloqueiam os terminais petrolíferos no leste do país.

    Em finais de agosto último, o então presidente da Comissão do CNG para a Energia, Nagi Mokhtar, entregou a Brahim Jodharane, um irmão do líder dos grupos armados que controlam os portos petrolíferos no leste do país, cheques no valor de 30 milhões de dinares para levantar o bloqueio.

    Estes cheques terão provindo dos serviços de apoio ao primeiro-ministro, Ali Zeidan, mas não se deu sequência ao caso, indica-se.

    De acordo com Informações divulgadas por cadeias de televisão líbias, o primeiro-ministro demissionário já deixou o país a bordo dum avião privado.

    Na terça-feira, o CNG retirou-lhe a sua confiança na sequência da crise provocada por um navio petroleiro norte-coreano apreendido, há dias, na Líbia por ter atracado ilegalmente nas águas territoriais deste país.

    Mas esta decisão é sobretudo o desfecho dum braço-de-ferro entre o Governo e o CNG que se atribuíam mutuamente a responsabilidade pelo fracasso no condução dos assuntos do país.

    Confrontado com uma moção de censura contra o seu Governo desde dezembro de 2013, Zeidan conseguiu manter-se pois o CNG não atingia o quórum de 120 deputados necessário para o destituir.

    A crise provocada pela operação de venda ilegal do petróleo bruto, implicando o petroleiro norte-coreano, e pela incapacidade das autoridades de impedir este barco de carregar ao largo das suas costas o petróleo a partir dum porto controlado por um grupo armado autonomista culminaram rápido na demissão de Zeidan, afirmam observadores da cena política líbia.

    O ex-primeiro-ministro é igualmente acusado de não ter conseguido restabelecer a estabilidade e a segurança no país. (panapress.com)

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