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    Investigadores examinam suicídio como possível motivo para sumiço de avião da Malásia

    O ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, concede entrevista coletiva em hotel de Kuala Lumpur (AFP, MOHD RASFAN)
    O ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, concede entrevista coletiva em hotel de Kuala Lumpur (AFP, MOHD RASFAN)

    KUALA LUMPUR  – O co-piloto do avião desaparecido da Malásia foi quem pronunciou as últimas palavras ouvidas da cabine, disse nesta segunda-feira um responsável da companhia aérea, enquanto os investigadores disseram estar considerando o suicídio do comandante como a possível explicação para o desaparecimnto do avião.

    Nenhum indício do destino do voo MH370 da Malásia Airlines foi identificado desde que desapareceu em 8 de Março, com 239 pessoas a bordo. Os investigadores estão cada vez mais convencidos de que o aparelho foi desviado talvez milhares de quilómetros para fora de seu curso por alguém com profundo conhecimento do Boeing 777-200ER e de navegação comercial.

    Uma busca em grande escala sem precedentes está em andamento, cobrindo uma área que se estende desde as margens do Mar Cáspio, no norte, até as profundezas do oceano Índico.

    O CEO da linha aérea, Ahmad Jauhari Yahya, também disse em entrevista à imprensa que não ficou claro exactamente quando um dos sistemas de rastreamento automático do voo havia sido desactivado, parecendo contradizer, assim, os comentários feitos no fim de semana por ministros do governo.

    As suspeitas de sequestro ou sabotagem se fortaleceram ainda mais quando autoridades disseram no domingo que a última mensagem de rádio do avião – um informal “tudo bem, boa noite” – foi transmitida após o sistema de rastreamento, conhecido como “ACARS”, ter sido desligado.

    “As investigações iniciais indicam que foi o co-piloto quem basicamente falou pela última vez em que foi gravado na fita”, disse Ahmad Jauhari nesta segunda-feira, quando lhe perguntaram quem ele achava que havia dito as últimas palavras registadas.

    Isso foi um sinal de saída para os controladores de tráfego aéreo à 1h19, quando o avião com destino a Pequim deixou o espaço aéreo da Malásia.

    A última transmissão do sistema ACARS – um computador de manutenção que transmite dados sobre a situação do avião – tinha sido recebida à 1h07, quando o avião atravessou a nordeste da costa da Malásia e se dirigiu para o Golfo da Tailândia.

    “Nós não sabemos quando o ACARS foi desligado depois disso”, afirmou Ahmad Jauhari. “Deveria ter transmitido 30 minutos depois, mas essa transmissão não se concretizou.”

    FOCO NA TRIPULAÇÃO

    O avião desapareceu das telas de controle de tráfego aéreo civil na costa leste da Malásia menos de uma hora depois de descolar de Kuala Lumpur. Autoridades malaias acreditam que alguém a bordo desligou os sistemas de comunicação quando o avião atravessava o Golfo da Tailândia.

    A polícia da Malásia está ver detalhadamente o histórico dos pilotos e do pessoal em terra para quaisquer pistas sobre um possível motivo para o que eles dizem agora que está a ser tratado como uma investigação criminal.

    Quando lhe perguntaram se a hipótese de um piloto ou co-piloto suicida está ser considerada, o ministro interino dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, respondeu: “Estamos examinando isso. Mas é apenas uma das possibilidades sob investigação”, acrescentou.

    Os esforços intensivos de vários governos para investigar a fundo todos os ocupantes do avião não tinham, nesta segunda-feira, chegado a qualquer informação que relacionasse alguém a bordo com grupos militantes, nem qualquer pessoa com um motivo político ou criminoso conhecido que pudesse levar a um sequestro da aeronave ou um atentado, disseram fontes de segurança dos Estados Unidos e Europa.

    Uma fonte familiarizada com as investigações dos EUA sobre o desaparecimento disse que os pilotos estavam a ser estudados por causa do conhecimento técnico necessário para desactivar o sistema ACARS.

    Muitos especialistas e autoridades dizem que, enquanto o transponder do avião pode ser desligado por um movimento súbito de um interruptor na cabine, para desligar o ACARS é preciso que alguém abra um alçapão fora da cabine, desça na barriga do avião e puxe um fusível ou disjuntor.

    Seria necessário, portanto, alguém com conhecimento sofisticado dos sistemas de um Boeing 777, de acordo com pilotos e duas autoridades norte-americanas próximas à investigação. (reuters.com)

     por Anshuman Daga e Yantoultra Ngui

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