A Organização da Mulher Católica (PROMAICA), reunida na sua IV Assembleia Geral, no Huambo, recomendaram domingo a implementação de mais acções para o respeito à vida humana, sobretudo em relação ao combate contra à prática do aborto ilegal na sociedade angolana.
A recomendação vem expressa no comunicado final saído no encontro decorrido de 27 a 31 deste mês, sob o lema, “ Mulher de ti depende o progresso da humanidade”, no qual os participantes condenam todos os mecanismos de mutilação da vida humana.
Para as mulheres da PROMAICA, o conceito de vida nos dias de hoje tem sido encarada como uma questão relativa, submetida aos mais variados mecanismos que a colocam em causa, por isso, realçam a necessidade de se tomar cada vez mais consciência sobre a gravidade de tais actos.
No mesmo documento, orientaram todas as arquidioceses e dioceses a reforçaram as campanhas de sensibilização, através de palestras e programas nos meios de difusão massiva, no sentido de desencorajar tal pratica e promover o resgate dos valores morais e cívicos, assentes na fraternidade, solidariedade, dialogo, respeito, amor e santidade.
“Angola tornou-se num palco dos vários conceitos de fé, de religiões e consumismo religioso. Ante esta realidade, alertamos as mulheres e a sociedade, em geral, sobre os perigos de ordem familiar e pessoal que estas crenças podem acarretar”, lê-se no documento.
Na sua homilia durante a missa de encerramento, o bispo da diocese do Luena, presidente da mesa geral da PROMAICA, Dom Jesus Tirso Blanco, instou as mulheres católicas a reavivarem a sua fé em Jesus Cristo e serem promotoras de boas acções para o desenvolvimento da sociedade.
Falando para mais 300 fiéis católicos que acorreram ao Pavilhão Gino-Desportivo Osvaldo Serra Van-Dúnen, o religioso disse que tomar consciência do pecado e renunciá-lo deve ser o principal exercício do cristão.
A Assembleia da PROMAICA contou com a participação de 181 membros idos de todas as arquidioceses do país. No decorrer do encontro foram debatidos temas como, “a defesa da vida” e “firmeza na fé e os novos desafios”.
A Assembleia ratificou e propôs ainda algumas alterações ao estatuto da organização, para adequá-lo à realidade actuais, que serão submetidas, para aprovação, à Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe, (CEAST). (portalangop.co.ao)