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    Guiné-Bissau: Funcionários públicos iniciam nova greve geral

    A principal central sindical do país convocou uma greve de um mês para contestar a “insensibilidade do Governo” sobre as exigências dos trabalhadores. UNTG diz estar disponível para o diálogo.

    Os funcionário públicos da Guiné-Bissau iniciam esta segunda-feira (01.03) uma greve de um mês convocada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), a principal central sindical do país.

    A paralisação deve decorrer até 31 de março e visa contestar a “insensibilidade do Governo” em responder às exigências dos trabalhadores, além do aumento de impostos e taxas.

    No pré-aviso de greve enviado à ministra da Administração Pública, Maria Celinha Taves, a UNTG afirma que decidiu avançar com a greve devido ao “nível caótico de desorganização da Administração Pública, que motivou o incumprimento do princípio da legalidade e consequentemente promoveu a injustiça laboral e desigualdade salarial”.

    A UNTG salientou ainda estar disponível para o diálogo. O Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2021 está no centro das contestações. Desde janeiro, centenas de trabalhadores guineenses protestam contra o OGE para este ano, que prevê aumento de impostos aos cidadãos e a criação do chamado “Fundo de Soberania” para os titulares dos órgãos do Estado.

    Júlio Mendonça, secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG).
    (DR)

    Contestação
    Em entrevista à DW África no início de fevereiro, o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça, referiu que não é possível cruzar os braços enquanto os governantes “pretendem ganhar mais dinheiro com a criação de subsídios milionários para eles” e os cidadãos guineenses lutam todos os dias para ter “uma vida condigna”.

    Os impostos previstos no OGE “baixam os salários dos trabalhadores da Função Pública”, afirma. “Todo o mundo ficou chocado com esta atuação dos governantes, que demonstra claramente a pretensão deles de continuar a enriquecer à custa do povo”, acrescentou Mendonça.

    No início de janeiro, outra greve geral organizada pela principal central sindical da Guiné-Bissau teve a adesão dos sindicatos dos professores e dos técnicos da saúde. Dois sindicatos do setor educativo – o Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) e a Frente Nacional dos Professores e Educadores (FRENAPROFE) – aderiram à greve.

    Na altura, a UNTG exigiu do Governo guineense a implementação de todos os diplomas legais para o setor laboral, o pagamento das dívidas ao pessoal contratado do setor de saúde e o pagamento e admissão definitiva de todas as categorias dos professores no quadro da função pública.

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