O Ministério da Comunicação Social (MCS) vai trabalhar para tornar as empresas do sector cada vez mais públicas e menos governamentais, anunciou, quinta-feira, na capital do país, o titular do pelouro, João Melo.
De acordo com a Angop, ao intervir no acto de encerramento da Conferência Internacional sobre os Desafios da Comunicação Social Angolana, o governante disse pretenderem aplicar essa estratégia de forma gradual.
Trata-se de um dos principais desafios do sector para os próximos tempos, que já passa por um processo de reforma profundas a nível da gestão e da melhoria dos conteúdos.
João Melo anunciou que o programa de reforma será abrangente e passará, entre outras medidas, pela separação das direcções de conteúdos das administrações dos órgãos.
Para tornar mais dinâmico o sector, comprometeu-se a trabalhar para implementar quatro compromissos, entre os quais o reforço da manutenção de um sistema de comunicação social aberto e plural, bem como a melhoria da situação social dos profissionais do sector.
Anunciou que vão trabalhar para aumentar a credibilidade da imprensa pública, promover acções para reestruturar e modernizar os órgãos públicos, além de fomentar a imprensa privada, regional e local.
Segundo o ministro, o sector está disponível para articular e colaborar para melhorar as condições socioprofissionais de todos os jornalistas e dialogar com o Sindicato dos Jornalistas Angolanos, tendo em vista a resolução dos problemas da classe.
Informou, por outro lado, que a credibilidade dos órgãos públicos aumentou em 2018, o que constitui motivo de satisfação e aumenta a responsabilidade dos profissionais da classe.
Apelou para o resgate do espírito jornalístico nas redacções, que, no seu entender, há muito se perdeu.
João Melo sublinhou que vão trabalhar para dinamizar a comunicação institucional do Executivo e outros órgãos do Estado, na medida em que os órgãos públicos não têm espaço e tempo para difundir todas as agendas e comunicações desses órgãos.
A Conferência sobre os Desafios da Comunicação Social Angolana foi promovida pelo Ministério da Comunicação Social, tendo contado com a participação de profissionais de Angola, Portugal, Brasil, Cabo Verde, Estados Unidos e Reino Unido.
Esteve dividido em quatro painéis: Comunicação, Democracia e Regulação; Redes Sociais: Factor ou Ameaça à Democracia; Experiências Internacionais do Domínio da Imprensa Pública, e, ainda, Como Fomentar a Imprensa Privada, Local e Comunitária.