O surto de fome do Sudão do Sul poderia acabar se os líderes mundiais agissem para impedir os políticos locais de travarem disputas e desperdiçar fundos que poderiam ajudar a alimentar a população, disse o actor George Clooney em um artigo.
Descrevendo a fome como “obra do governo”, Clooney disse que a elite política do Sudão do Sul está atiçando tensões étnicas para construir fortunas no país rico em petróleo.
Uma guerra civil irrompeu em 2013, depois que um desentendimento entre o presidente, Salva Kiir, e seu ex-vice-presidente, Riek Machar, degenerou em um confronto militar.
O conflito lançou os militares de Kiir, da etnia dinka, contra forças leais a Machar, um nuer.
Estima-se que quase metade da população, ou cerca de 5,5 milhões de pessoas, irão ficar sem uma fonte de alimentos confiável até Julho. No mês passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse que partes do país já estão sofrendo um surto de fome.
No artigo publicado na quinta-feira no Washington Post, Clooney pediu para que se “estrangule os fluxos financeiros ilícitos dos cleptocratas”.
“Mesmo que o mundo esteja reagindo ao surto de fome, é hora de também lidar com as causas centrais”, escreveu o actor, que co-assinou o texto com John Prendergast, activista de direitos humanos e escritor. (Reuters)