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    Gente pouco séria

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    Angola tem, entre a miríade dos seus problemas, um com que se tem de confrontar seriamente. Não se trata de um problema novo, mas começa a ganhar proporções que apelam à uma intervenção robusta do Estado, seja pela via judiciária, seja pelo desenvolvimento de acções que mitiguem o “alimento” dos infractores. Estamos a falar dos importadores.

    Sabemos que nem todos os importadores que actuam no mercado angolano são cidadãos nacionais, o que potencia ainda mais a febre da exportação de capital, porque, também, nem todos, angolanos e estrangeiros, estão comprometidos com o crescimento de Angola. Não constitui segredo para ninguém que há gente muito interessada em capitalizar outras economias em detrimento da nossa. E para isso usa, tal gente, todos os estratagemas para continuar a fazer deste país um pote de onde se saca o máximo sem nada oferecer.

    O estratagema revelado pela directora do Controlo Cambial do BNA, Marília Poças, nesta quinta-feira, 2, nem é lá tão engenhoso, mas volta a atirar-nos à cara o carácter das pessoas de que se está a falar. Os importadores, os mesmos de que se tem falado nos últimos dias por trazerem para Angola alimentos contaminados, dão-se, além disso, ao luxo de fugir das suas obrigações fiscais. Fogem dos mecanismos regulares de controlo. Eles fraccionam facturas para poderem exportar dinheiro sem as garantias de que os produtos supostamente adquiridos alguma vez venham a chegar ao país  . Eles ludibriam os mecanismos de controlo que pretendem pôr ordem nas operações cambiais. Como se vê, é de gente pouco séria que se trata. E é mais que hora de o Estado agir com a força da justiça.

    As pessoas que assim agem, além de colocarem em causa a economia nacional, além de não honrarem as suas obrigações fiscais e além de não se importarem minimamente com o desenvolvimento e com as instituições do país, matam, conscientemente, as iniciativas de cada angolano que quer produzir. Esta é uma festa que tem de ter um fim. Mas para isso é preciso que iniciemos, todos, uma outra festa, a do consumo da produção nacional. O nosso dinheiro, o esforço do nosso trabalho, deve ficar cá, reservado para o futuro dos nossos filhos. (opais.net)

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