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    Gâmbia: três pessoas indiciadas no caso da alegada tentativa de golpe de Estado

    Na Gâmbia, dois civis e um polícia foram indiciados no caso da alegada tentativa de golpe de Estado, que teve lugar na noite de 20 para 21 de Dezembro, no país. Uma comissão de inquérito, criada para investigar o caso, deverá apresentar um relatório no final deste mês.

    Dois civis, Mustapha Jabbi e Saikuba Jabbi e o inspetor da polícia, Fakebba Jawara, foram detidos, no passado dia 30 de Dezembro, e acusados de traição e conspiração, por envolvimento na alegada tentativa de golpe de Estado, perpetrada neste país africano com o objectivo de derrubar o governo de Adama Barrow.

    As autoridades do país mais pequeno da África continental, citadas pela Agência France-Presse, afirmaram que os conspiradores planeavam “prender altos funcionários do governo e usá-los como reféns para impedir qualquer intervenção estrangeira”.

    Entretanto, pelo menos sete soldados já foram presos por terem ligações ao caso.

    Momodou Sabally, antigo ministro durante o regime ditatorial de Yahya Jammeh, e actualmente um dos líderes do principal partido da oposição, o Partido Democrático Unido, foi outra das pessoas presas, no âmbito deste caso. O antigo governante publicou um vídeo onde sugeria que o actual chefe de Estado, reeleito há um ano, seria derrubado antes das próximas eleições locais. Apesar deste episódio, acabou por ser libertado na semana passada.

    A alegada tentativa de golpe de Estado está a ser investigada por uma comissão, criada especialmente para o efeito, e constituída por cerca de uma dezena de membros, ligados a vários quadrantes da sociedade. As conclusões deverão ser apresentadas no final do mês de Janeiro.

    O problema dos golpes de Estado em África

    Nos últimos dois anos, os golpes de Estado têm sido uma constante em África. Em Setembro de 2021, na Guiné-Conacri, os militares derrubaram, sem recorrer a violência, Alpha Condé, que estava no poder há dez anos. Os militares tomaram as ruas de Conacri, com recurso a armas e o chefe das forças especiais, o coronel Mamady Doumbouya, anunciou ter destituído o Presidente.

    Em maio deste ano, o coronel Mamady Doumbouya, que lidera a junta militar que governa actualmente o país, disse que o período de transição para a democracia seria de 39 meses, indo, deste modo, contra as indicações da CEDEAO que pedia eleições o mais rápido possível para restabelecer a democracia no país.

    O Mali também foi alvo de um golpe de Estado em 2021 e o Burkina Faso de um duplo golpe, em Janeiro e Setembro deste ano.

    A 01 de Fevereiro deste ano, a Guiné-Bissau também foi alvo de uma tentativa de golpe de Estado e houve a detenção de vários suspeitos.

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    FonteRFI

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