As portas, em Fessenheim, fecharam para sempre. Após 43 anos de serviço, a mais antiga central nuclear francesa, na Alsácia, desligou o segundo e último reactor esta segunda-feira às 16:30h.
O fecho foi festejado por activistas antinucleares, mas foi um desgosto para os empregados e muitos residentes da região, onde a central era um dos grandes empregadores. O desmantelamento vai começar: primeiro a evacuação do combustível, que pode durar 5 anos, e depois o desmantelamento do local, o que constitui um motivo de preocupação para os activistas ambientais.
O encerramento de Fessenheim vem no seguimento do desejo de França de reduzir a quota de energia nuclear no cabaz energético dos mais de 70% actualmente para 50% até 2035. Para atingir este objectivo, a EDF visou os reactores mais antigos: 14 devem ser encerrados. Estão distribuídos por oito centrais.
Antes do encerramento de Fessenheim, havia 58 reactores nucleares em França, de longe o maior número na Europa. Seguem-se Reino Unido (15 reactores), Suécia (8), Espanha, Alemanha e Bélgica (7). É de notar que não existem centrais nucleares em Portugal e Itália saiu da energia nuclear em 1987.
