Luanda – O Executivo angolano desenvolve estratégias e políticas que facilitam o acesso das mulheres ao conhecimento de ciências e tecnologia e inovação, informou hoje (quinta-feira), em Luanda, a ministra do Ensino Superior e da Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Teixeira.
De acordo com a titilar da pasta, que discursava na abertura das IV Jornadas alusivas ao Março Mulher, sob o ponto de vista social, em Angola, onde a educação familiar é maioritariamente delegada às mulheres, os benefícios da participação feminina em ciência e tecnologia são pouco visíveis.
O Executivo, acrescentou, tem elaborado e implementado políticas de incentivo para o enquadramento da mulher nas diferentes actividades técnicas, bem como a igualdade do género e a participação activa nos órgãos do Estado.
O 28º objectivo específico da Política Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação (CTI), aprovado pelo decreto presidencial, aborda as questões relacionadas com a promoção e garantia da participação da mulher nas actividades de CTI.
Esse objectivo, disse, aborda ainda a participação simultânea nas mesmas, de forma plena e equitativa, em todos os campos da actividade científica, nomeadamente através de prémios ou incentivos para promover a excelência e a dedicação da mulher cientista.
Tudo isso, para a ministra, faz com que os caminhos estejam abertos para que se incremente o número de mulheres angolanas nas carreiras científicas, produzindo conhecimento científico e enriqueçam a comunidade científica nacional, regional e internacional.
Segundo a ministra, não obstante os progressos que se salienta no âmbito das conquistas das mulheres em prol da sua dignificação, há ainda um longo caminho a percorrer.
“A mulher é ainda alvo de grande discriminação por aqueles que ainda acreditam e defendem que o lugar da mulher é na cozinha”, disse. Por isso, de acordo com a ministra, a mulher ainda enfrenta o grande desafio de mostrar que, apesar de frágil, é forte, ousada, firme e decidida na tomada de decisões.
Para Cândida Teixeira, se no século XX as mulheres conquistaram os seus direitos, o século XXI será, certamente, o século da conquista dos valores e da implementação desses direitos que se deverão traduzir no acesso igual às oportunidades, independentemente do género.
Com este fito, concluiu a dirigente, é necessário transformar a visão competitiva dos sexos em visão da sociedade que se constrói na harmonia dos géneros, permitindo que a mulher assuma o seu papel como ser cultural na sua própria voz.
Fonte: Angop