O vice-ministro da Administração do Território para os Assuntos Institucionais e Eleitorais, Adão de Almeida, garantiu ontem, em Luanda, que o processo de eliminação dos falecidos da base de dados vai garantir a entrega à Comissão Nacional Eleitoral de dados actuais e fiáveis para a produção dos cadernos eleitorais.
Adão de Almeida, que falava à imprensa no final de uma visita de representantes dos partidos políticos ao Gabinete de Processamento dos Dados Eleitorais, assegurou que esta instituição tem conseguido evitar que os cidadãos estejam duplamente registados na base de dados.
O vice-ministro da Administração do Território garantiu que a eliminação dos falecidos da base de dados que conserva e gere o registo vai permitir uma actualização maior dos eleitores.
Adão de Almeida realçou a necessidade dos representantes dos partidos políticos visitarem o Gabinete de Processamento dos Dados Eleitorais, para se inteirarem do seu funcionamento e do seu nível de fiabilidade e imparcialidade.
O vice-ministro considerou que quanto mais as pessoas conhecerem o funcionamento da instituição ficam em condições de emitir as suas opiniões sobre o processo.
Empresas no registo
Instituições públicas e privadas estão envolvidas, de forma activa, na campanha de actualização do registo eleitoral na província do Bengo, principalmente no apoio às Administrações Municipais e na facilitação dos funcionários ao processo. O responsável da Comissão Nacional Eleitoral na província, José Pedro Jamba, disse ontem ao Jornal de Angola , que além de estabelecer calendários para os funcionários actualizarem os dados dos cartões eleitorais ou fazerem o registo, muitas empresas estão a disponibilizar pessoal e meios para o processo.
A Comissão Provincial Eleitoral está a trabalhar com Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA) para a identificação de zonas de difícil acesso para que o eleitor se registe e vá votar sem restrições. “Este apoio das instituições públicas e privadas ao processo é positivo e facilita o nosso trabalho”, disse José Pedro Jamba.
Dados da comissão eleitoral indicam que desde o início da campanha de actualização do registo eleitoral, em Julho, a província do Bengo registou, até Novembro, 79.546 eleitores, o que representa 57 por cento em relação aos dados de 2008.
José Pedro Jamba afirmou que o processo decorre sem sobressaltos, devido à estratégia utilizada, que consistiu em realizar primeiro o trabalho nas zonas de difícil acesso e só depois nos centros urbanos.
No Bengo, existem apenas três localidades com acessos limitados: “temos a localidade do Hundo, em Nambuangongo, que fica a 140 quilómetros da sede, e na Quissama temos o Mubondo.
Em Catete, há uma zona onde só se pode ir de canoa, por ser próxima a uma lagoa”, indicou, acrescentando que a solução está na utilização de meios aéreos. Outro aspecto positivo apontado pelo director da Comissão Provincial Eleitoral tem a ver com a participação dos partidos políticos no processo. José Pedro Jamba revelou que estão credenciados oito partidos e uma coligação: MPLA, UNITA, FNLA, PRS, Partido de Salvação Nacional, POC, Partido Social democrata de Angola, MPRSA e a coligação Nova Democracia. “Os partidos têm fiscais que acompanham as nossas 17 brigadas e trabalham com a comissão na escolha dos locais onde vão funcionar as assembleias de voto. Esse processo está a conhecer o seu tratamento e estamos certos que vamos ter resultados positivos quando terminar o processo”, disse.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Jornal de Angola
