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    Ex-chanceler alemão Schröder pede a Berlim que deixe de “linchar” a Grécia

    O ex-chanceler social-democrata alemão Gerhard Schröder, que está de férias na ilha grega de Kos, pediu hoje ao actual governo de Berlim que deixe de “linchar” a Grécia e mostre mais solidariedade para que a Europa saia da crise de forma conjunta.
    “Se a Europa abandona a Grécia, os especuladores atacarão em seguida outros países, como já ocorre com Portugal e Espanha e, de certo modo, com Itália”, declarou o antecessor de Angela Merkel na chancelaria alemã à televisão pública grega NET.

    Desde a ilha grega de Kos, onde passa as suas férias “para demonstrar solidariedade pessoal para com a Grécia”, Schröder mostrou-se seguro da sobrevivência da moeda comum europeia, mas duvidando da possibilidade de que este país permaneça na Zona Euro.

    “Estou quase seguro que o euro pode sobreviver à crise. A permanência da Grécia na Zona Euro é difícil, mas é possível com um esforço conjunto”, acrescentou.

    Em qualquer caso, Schröder recordou que a economia da Grécia só representa 3% da União Europeia e que se deve sair da crise com mais solidariedade.

    Questionado sobre a atitude da Alemanha relativamente à Grécia, o antigo chanceler considerou que o seu país “deveria mostrar mais solidariedade para com a Grécia”.

    “Devemos deixar de conceber a Europa só em termos de mercado. Devemos concebê-la também em termos de cultura. A Europa deve muitas coisas a este país e a este povo”, sublinhou.

    Schröder apoiou também a petição do governo grego para um aumento de dois anos do período de aplicação das reformas.

    “Uma vez que estamos de acordo que o país está a aplicar as reformas, é importante dar-lhe o tempo necessário para repartir os sacrifícios de forma justa”, destacou.

    Defendeu igualmente que “em tempos de crise económica a austeridade não é suficiente, são necessárias também medidas de crescimento”.

    O Governo grego tenta conciliar cortes no valor de 11.500 milhões de euros para 2013 e 2014, exigidos pelos credores, com o difícil objectivo de que não piore o clima de tensão social que vive o país.

    Estas medidas prevêem novos cortes nas pensões, nas ajudas sociais, despedimentos de funcionários e o encerramento de numerosos organismos públicos, segundo os primeiros dados conhecidos.

    O vice-chanceler alemão e ministro da Economia, Philipp Rösler, manifestou-se hoje contra possíveis concessões à Grécia no seu plano de ajuste e disse que o cumprimento dos compromissos é a chave para a credibilidade da Zona Euro.

    FONTE: Jornal de Negócios

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