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    Etiópia/UA: Angola encoraja eleições na RDC

    O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, afirmou, nesta quinta-feira, em Addis-Abeba, que a realização de eleições, dentro dos prazos previstos, constitui um passo fundamental para a estabilização da República Democrática do Congo (RDC).

    Segundo o governante angolano, que falava à imprensa a propósito da 30ª Cimeira Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), só o sufrágio não resolve o problema, mas a sua materialização constituiu um passo fundamental para o início do processo de estabilização do país.

    A RDC está mergulhada numa crise política, há mais de um ano, desde que terminou o mandato de Joseph Kabila, a 20 de Dezembro de 2016.

    Desde então, foi feito um acordo concluído a 31 de Dezembro de 2016, que previa a realização de Eleições Presidenciais até Dezembro de 2017.

    Porém, em Novembro último, a Comissão Eleitoral afirmou que, devido a atrasos no recenseamento na região do Kasai, uma das mais populosas do país, a eleição teria lugar a 23 de Dezembro de 2018.

    A oposição considera que este prolongamento visa apenas permitir a Joseph Kabila alterar a Constituição, para se candidatar a um terceiro mandato, o que tem gerado uma série de manifestações pelo país, envolvendo as forças políticas e a sociedade civil.

    Kabila está no poder desde 2001, na sequência do assassinato do pai Laurent Désiré Kabila. Foi eleito pela primeira vez em 2006, face a Jean Pierre Bemba, e reeleito em 2011, ante Etienne Tshisekedy.

    A esse respeito, Manuel Augusto referiu que o problema da RDC continua, infelizmente, a fazer parte da agenda da UA, de forma permanente e regular.

    “É com muita pena que o dizemos”, expressou, acrescentando que uma vez mais será dado, na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo, o ponto de situação sobre a evolução do processo político na RDC.

    Adiantou que será feita uma avaliação sobre a preparação das eleições e disse que os Estados africanos estão engajados em ajudar aquele país a encontrar as melhores formas de levar esse processo, dentro do calendário anunciado pelo próprio governo da RDC, que esperam ser cumprido (23 de Dezembro).

    Já em relação ao diferendo que opõe a Argélia ao Marrocos, relativo à República Árabe Saharaui Democrática, disse ser necessário tratar com ponderação.

    Com a reentrada de Marrocos na UA, o governante angolano acredita que o assunto seja mais fácil de resolver, com o engajamento de todos os Estados membros. (Angop)

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