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    Enfermeiros paralisam actividades médicas

    Enfermeiros da província do Bié paralisaram a partir de hoje, terça-feira, para um período de três dias as actividades do fórum médico que realizavam nos hospitais, em cumprimento das recomendações da assembleia das organizações sócio-profissionais de enfermeiros, ocorrida no dia 19 deste mês, em Luanda.

    Ao falar à Angop, hoje, na cidade do Cuito, o responsável da Ordem dos Enfermeiros de Angola (ORDENFA) do Bié, Eduardo Cayangula, frisou que esta paralisação surge em função de umas declarações da bastonária da Ordem dos Médicos Angolanos, Eliza Gaspar, que “desqualificou” os enfermeiro quando a prescrição médica nos hospitais.

    Eduardo Cayangula advertiu que caso um enfermeiro violar o acordo será lhe retirada a carteira profissional, salientando que para o efeito foram criadas equipas de supervisão nas 178 unidades sanitárias existentes na província do Bié.

    Fez saber que constam das tarefas do fórum médico, que os enfermeiros realizavam, a prescrição de medicamentos, assinatura de boletins de óbito, pedidos de exames clínicos, concessão de altas às parturientes e consultas de planeamento familiar, pré-natais e externas.

    Doravante, afirmou, os profissionais vão limitar-se apenas na sistematização da assistência de enfermagem, como prescrição de cuidados, avaliação de sinais vitais, administração de medicamentos e educação para a saúde, durante os três dias, caso a situação não venha se alterar.

    A bastonária Eliza Gaspar quer que os enfermeiros deixem de passar receitas médicas e tira a possibilidade destes profissionais dirigirem unidades sanitárias e direcções municipais de Saúde do país, por entender que o enfermeiro está para auxiliar e cumprir orientações do médico.

    Já o Ministério da Saúde, através de um comunicado datado do dia 28 de Junho, em reacção às declarações da bastonária, disse ser com profunda estranheza que tomou conhecimento, através dos órgãos de comunicação social, destes pronunciamentos, na província do Cunene e que, posteriormente, se repercutiu nas redes sociais.

    A nota realça que todos os profissionais que desenvolvem actividade de promoção, prevenção e tratamento na área da saúde, independentemente da categoria laboral, são indispensáveis ao Sistema Nacional de Saúde, trabalhando lado a lado num clima de harmonia e concórdia, factor fundamental para o desenvolvimento e funcionamento dos serviços de saúde.

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