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    Eleições presidenciais na Líbia foram suspensas “sine die”

    As primeiras eleições presidenciais na Líbia pós Kadaffi, agendadas para 6º feira foram suspensas a 48 horas da votação. Não há condições para que se realizem, confirma o comité parlamentar. Não foi marcada uma nova data.

    O comité parlamentar líbio disse quarta-feira, que se tornou “impossível” a realização das eleições presidenciais, agendadas para sexta-feira, o que representa um duro golpe nos esforços internacionais para pôr fim a uma década de caos na Líbia.

    Foi a primeira declaração oficial sobre a suspensão da votação presidencial, embora esta decisão fosse já esperada, tendo em conta os crescentes entraves e pedidos de adiamento.

    Numa carta ao presidente do parlamento, Aguila Saleh, o legislador Al-Hadi al-Sagheir, responsável pelo comité encarregado de acompanhar o processo eleitoral, declarou que o grupo concluiu que “é impossível realizar as eleições conforme agendado para 24 de Dezembro”.

    Al-Sagheir não especificou se outra data foi proposta e marcada para a votação ou se foi totalmente cancelada.

    A comissão eleitoral do país dissolveu os comités eleitorais na terça-feira e nunca publicou, em conformidade com os trâmites previstos, uma lista final dos candidatos presidenciais.

    Entre os candidatos à corrida presidencial líbia destacam-se os nomes de Khalifa Haftar, o “homem forte” do leste, que liderou o designado Exército Nacional Líbio (ENL), Abdul Hamid Dbeibah, primeiro-ministro interino e líder do movimento Futuro da Líbia (criado em 2020), e Seif al-Islam Kadhafi, filho do antigo ditador Muammar Kadhafi.

    A realização destas eleições presidenciais foi proposta para ajudar a unificar o país após uma década de guerra civil, mas nas últimas semanas multiplicaram-se os apelos para um adiamento, mesmo face aos receios de um vazio perigoso, nomeadamente a nível securitário, se tal acontecesse.

    As primeiras eleições “nacionais” após o acordo de reconciliação firmado em Outubro de 2020 sob patrocínio da ONU deveriam ser o culminar de um processo diligente e difícil de pacificação do país, às quais se seguiriam as legislativas, marcadas para um mês depois.

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