A inclusão progressiva dos deficientes visuais nos programas do Governo angolano, para minimização dos principais problemas sociais e económicos que enfrentam, foi defendida nesta segunda-feira, nesta cidade, pelo líder provincial da associação desta classe, Domingos Chicamba.
Segundo o responsável, que falava à Angop, no âmbito do 15º aniversário da Associação Provincial de Apoio aos Deficientes Visuais, que hoje se assinala, os associados precisam de estar integrados também na política, para poderem participar activamente no processo de tomada de decisões.
O líder associativo disse que vários programas do executivo são implementados sem levarem em conta a condição dos deficientes, justamente por esses não participarem da sua elaboração.
Domingos Chicamba quer ver os associados a participar activamente do processo eleitoral autárquico, cujas eleições acontecem em 2020, para que o descontentamento verificado pelos deficientes visuais em eleições gerais passadas não se repita.
Interrogado sobre os principais problemas que afligem esta franja, fez saber que a discriminação é um dos maiores empecilhos, pelo que pede maior atenção dos governantes no sentido de se deixar de olhar para os deficientes como mendigos e acabar-se com a prática de pedido de esmolas na rua.
O acesso à educação, ao emprego, desporto e outras actividades sociais, económicas e culturais, também consta das inquietações da associação.
As comemorações do 15º aniversário da APADV decorreu sob o lema “Ser cego não é deixar de ver, apenas é ser feliz com aquilo que não se vê”.
A associação controla na província de Benguela 1846 deficientes visuais. (Angop)