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Celebra-se, no dia 19 de Abril, a Sexta-feira Santa, data em que os cristãos católicos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos.
A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas.
É calculada como sendo a primeira sexta-feira de lua cheia, após o equinócio de Outono no Hemisfério Sul, ou o equinócio de Primavera no Hemisfério Norte, podendo ocorrer entre 22 de Março e 25 de Abril.
Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo Pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a Paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.
Por ser um dia em que se contempla, de modo especial, Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.
No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia.
Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração eucarística, a mais importante parte da missa católica.
A celebração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes.
Toda a liturgia católica deste dia está em função de Cristo crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Jesus, que assim aparece como uma acção livre de Cristo, em ordem à salvação de toda a humanidade.
A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.
A comunhão eucarística é, para a Igreja, a forma mais perfeita de união com o Mistério pascal de Cristo, e por isso é um ponto culminante na união dos fiéis com Cristo crucificado.
O facto de se comungar do pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o Tríduo Pascal.
Além da celebração da Paixão do Senhor, rezam-se as diversas horas litúrgicas da Liturgia das Horas.
A Igreja exorta os fiéis a observarem neste dia alguns sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo. Assim, convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne.
A morte de Jesus Cristo teve o seu grande significado três dias depois com a sua ressurreição, num domingo, logo depois da Páscoa judaica.
A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã. Através da sua ressurreição, ele prova que a morte não é o fim e que ele é, verdadeiramente, o Filho de Deus.
Para celebrar a morte e ressurreição de Cristo, são celebradas missas festivas durante todo o domingo.