Vinte anos depois da sua constituição, a 10 de Novembro de 1994, o Comité Paralimpico Angolano (CPA) trabalha para a implementação do desporto adaptado nas escolas de ensino especial do país, num projecto que será conjunto com o Ministério da Educação.
O facto foi anunciado nesta segunda-feira em conferência de imprensa, em Luanda, pelo presidente da instituição paralímpica, Leonel da Rocha Pinto, realizada no âmbito dos 20 anos de existência do organismo.
Consolidar a bolsa paralímpica reservada a atletas talentosos, busca de um terreno para a construção de um centro desportivo foram igualmente apontados como prioridades, além da participação nos jogos paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro (Brasil) e Tóquio’2020 (Japão).
O goall-ball, boccia, voleibol sentado e futebol 5 para cegos, cuja implementação prática se perspectiva em curto prazo, são modalidades que se juntarão ao atletismo, basquetebol em cadeira de rodas, natação e futebol com muletas.
O presidente do Comité Paralímpico sublinhou o facto do desporto adaptado ser praticado nas 18 províncias do país, movimentando anualmente cerca de 2.043 atletas nas diversas modalidades.
O também presidente do Comité Paralímpico Africano destacou o apoio do executivo por via do Ministério da Juventude e Desportos, Fundação Lwini, instituições nacionais e estrangeiras, sem o qual não seria possível a massificação e desenvolvimento do desporto adaptado no país, nem os feitos obtidos em competições internacionais.
Destacou as quatro presenças em jogos paralímpicos e com oito medalhas conquistadas nas três últimas edições. A primeira participação aconteceu em Atlanta’1996, seguindo-se Atenas’2004 com três medalhas de ouro nos 100, 200 e 400 metros, por José Sayovo, Beijing’2008 – três de prata (Sayovo nos 100, 200 e 400 metros) e Londres’2012, uma de ouro e outra de bronze (também por Sayovo).
Leonel Pinto adiantou que os 20 anos de existência do CPA é uma data para reflexão por tudo quanto se fez e se podia fazer para o engrandecimento do desporto adaptado em Angola, tanto na vertente competitiva como na questão da reintegração social. (portalangop.co.ao)